
AFP / STR
O único
porta-aviões chinês navega para o Pacífico em sua primeira viagem no oceano,
informou neste domingo a imprensa oficial, num momento de grande tensão com
Taiwan agravada por comentários do futuro presidente americano Donald Trump.
Esta saída
fora dos limites das águas do Mar da China é a primeira do porta-aviões
construído na União Soviética e comprado pela China, indicou em seu site o
Global Times. O navio entrou em serviço em setembro de 2012.
"Uma
frota da Marinha chinesa, incluindo o porta-aviões Liaoning, dirigiu-se para o
Pacífico no sábado para exercícios", anunciou a agência de notícias
Xinhua.
Não há
informações sobre a duração dos exercícios no Pacífico nem da rota escolhida
pela frota. O Liaoning, que fica estacionado em Dalian, no nordeste da China,
deve logicamente entrar no Pacífico atravessando a cadeia de ilhas que separa
Taiwan do sul do Japão.
O ministério
da Defesa japonês declarou neste domingo que observou um dia antes um grupo
aeronaval, composto de sete aparelhos além do porta-aviões: três destroyers,
três fragatas e um navio de abastecimento.
Segundo a
Xinhua, o porta-aviões realizou na última semana exercícios no Mar Amarelo,
entre as costas coreanas e chinesas. O Liaoning foi acompanhado por
"vários destroyers e fragatas".
Sexta-feira,
caças J-15 "decolaram do Liaoning, realizando exercícios, tais como
reabastecimento e confronto", disse a fonte.
A marinha
chinesa também havia anunciado em 15 de dezembro que o porta-aviões havia
realizado seu primeiro exercício com disparos reais, incluindo uma dúzia de
mísseis, no Mar de Bohai, dentro da costa chinesa.
Estes
exercícios acontecem em um momento de tensão entre Pequim e Taiwan, na
sequência de uma conversa telefônica entre Donald Trump e a presidente de
Taiwan.
O regime
comunista proíbe todo contato oficial entre países estrangeiros e Taiwan, que
considera uma de suas províncias. Pequim não descarta o uso da força para
restaurar sua soberania sobre a ilha.
A televisão
estatal CCTV transmitiu em meados de dezembro imagens de caças decolando do
porta-aviões, alvos explodindo em chamas e uma chuva de mísseis disparados para
o ar.
Mas a real
força do Liaoning permanece desconhecida. Os pilotos de aviões de caça ainda
estão aprendendo a pousar, uma técnica difícil que os exércitos ocidentais
relutam em ensinar para a China.
O Exército
chinês procura se modernizar, especialmente para fazer frente aos Estados
Unidos no Mar da China Meridional, uma zona reivindicada por Pequim.
Os Estados
Unidos enviaram em várias ocasiões seus navios de cruzeiro nesta região, onde a
China expande ilhas que ela controla para apoiar suas reivindicações.
A Marinha
chinesa apreendeu em 15 de dezembro no Mar da China Meridional um drone
submarino americano antes de devolvê-lo cinco dias depois. Pequim está
construindo sua segundo porta-aviões, totalmente projeto no país, segundo
anunciou em dezembro de 2015 o ministério da Defesa.
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