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A obra do estádio custou 87% acima do preço original, cerca de R$ 1,4 bilhão


Assessor de Temer cobrava propina no Mané Garricha © REPRODUÇÃO / YOUTUBE

O Assessor especial de Michel Temer, o ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli pedia propina da empreiteira Andrade Gutierrez durante a construção do estádio Mané Garrincha, de Brasília, sede da Copa do Mundo de 2014.


Segundo reportagem da revista Veja veiculada neste fim de semana, o esquema, em que a empresa negociou 1% de pagamento de propina, foi iniciado pelo ex-governador José Roberto Arruda e herdado pelo sucessor, Agnelo Queiroz, e Filippelli. A obra custou 87% acima do preço original, R$ 1,4 bilhão.
"O então vice de Agnelo, Tadeu Filippelli, também solicitou à Andrade Gutierrez pagamento de propina via doações de campanha em favor do PMDB na ordem de 1% do valor do estádio", disse o ex-diretor da empresa Clovis Renato Primo, em acordo de delação premiada.
Filippelli foi nomeado em julho de 2015 chefe de gabinete da Secretaria de Relações Institucionais, que é comandada por Temer, e ganhou mais importância após Temer assumir definitivamente a presidência.
O desempenho de um papel importante no gabinete da Presidência da República, como homem de confiança de Temer no Distrito Federal, deve cacifar o presidente do PMDB-DF para como potencial candidato ao governo do DF em 2018.
Até o momento, o Palácio do Planalto ainda não se pronunciou sobre a demissão ou não de Filippelli.

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