Michel Temer deu sinais de um evidente descolamento da realidade ao dizer, no mesmo dia em que se confirma que o Brasil está na pior recessão desde 1930, que a "economia está indo numa onda excepcional, crescendo substancialmente"; o peemedebista disse ainda que as coisas estão "melhores do que esperava"; apesar de ter sido seguidamente delatado por executivos da Odebrecht, que relatam sua participação direta na angariação de caixa 2, Temer se disse tranquilo: "Se eu for me preocupar com isso [a lista de Rodrigo Janot], não faço mais nada. Não estou preocupado. Cada Poder cuida de uma coisa", afirmou
247 - Michel Temer parece viver em uma realidade paralela. No mesmo dia em que se confirma que o Brasil está na pior recessão desde 1930, que a "economia está indo numa onda excepcional, crescendo substancialmente". O peemedebista disse ainda que as coisas estão "melhores do que esperava". Apesar de ter sido seguidamente delatado por executivos da Odebrecht, que relatam sua participação direta na angariação de caixa 2, Temer se disse tranquilo: "Se eu for me preocupar com isso [a lista de Rodrigo Janot], não faço mais nada. Não estou preocupado. Cada Poder cuida de uma coisa", afirmou.
As informações são de reportagem de Marina Dias e Fabio Victor na Folha de S.Paulo.
Temer também disse que não perdia o sono com o julgamento da ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode resultar na cassação de seu mandato.
"'Espero que seja julgada', limitou-se a dizer. Questionado se preferia que o processo que apura o suposto abuso de poder econômico da chapa presidencial composta por ele e Dilma Rousseff em 2014, continuou lacônico. 'Para mim tanto faz.'
Sobre o ministro relator do processo no tribunal, Herman Benjamin, Temer afirmou que o magistrado está "cumprindo o papel dele". O peemedebista evitou tecer qualquer comentário sobre a maneira que o ministro tem conduzido o caso.
Segundo Temer, 'problema sempre houve e sempre haverá'. 'O que você quer que a oposição faça? Me aplauda?', disse a jornalistas quando questionado sobre o papel dos partidos contrários a seu governo, que creditam a ele a queda de 3,6% do PIB (Produto Interno Bruno) no ano passado."
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