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Forças pró-governamentais estabelecem um posto militar no bairro de Sakan al-Shababi, em Aleppo oriental, após o terem reconquistado aos rebeldes, em 2 de dezembro de 2016

Em uma entrevista à Sputnik, Burak Bilgehan Ozpek, analista turco, destaca que o mecanismo trilateral elaborado por Rússia, Turquia e Irã ajudará a diminuir o número de confrontos em território sírio.


Comentando o encontro entre os chanceleres da Rússia, Turquia e Irã, Burak Bilgehan Ozpek, cientista político e professor do departamento de ciências políticas e relações internacionais da Universidade de Economia e Tecnologia (TOBB) turca, declarou que o mecanismo trilateral de interação entre Ancara, Moscou, e Teerã pode influenciar a estratégia da Turquia na política externa. Também, como acredita o especialista, não haverá mais confrontos na Síria além da luta contra terrorismo.


Londres, 25 de junho 2016
                                                © AFP 2016/ JUSTIN TALLIS

Ao participar deste mecanismo trilateral, a Turquia ficou obrigada a negociar a regulação na Síria apenas com a Rússia e o Irã. Dessa maneira, a Turquia declarou que se absterá de cooperar com a União Europeia, EUA e OTAN neste assunto, considera Ozpek.
Segundo ele destacou, Ancara sempre precisou de um jogador forte na questão síria e tentou colaborar com os EUA, mas não conseguiu tirar proveito desta aliança.


"Parece que a Turquia, desde o início, em vez de realizar uma política independente em relação à Síria, a entregou a outro jogador. Até 2016 esse jogador foram os EUA. Em vez de seguir sua própria estratégia, ela começou de modo voluntário realizando a política da potência mais forte não regional <…>. Entretanto, vimos que a Turquia a final de contas não conseguiu aquilo que ela desejava desta aliança", frisou o especialista.


Falando de como exatamente o acordo assinado em Moscou afetará a situação na Síria, Ozpek sublinhou que a luta contra o Daesh (organização terrorista, proibido na Rússia) passou a ser um problema internacional, saindo do âmbito de um assunto exclusivamente sírio.


Civis caminham por rua de Aleppo após a libertação da cidade pelo Exército Sírio

"Não acho que os confrontos entre o governo sírio e a oposição armada irão aumentar. Há apenas duas direções para um possível desenvolvimento do conflito. O primeiro é o conflito entre o governo e o Daesh, o outro é entre o governo e os curdos", frisou cientista político turco.
Contudo, ele precisou que não vê razões para a escalada de conflito com os curdos, porque eles sempre mostraram sua disposição para negociar. "Eu creio que no futuro mais próximo nos espera um período em que o território sírio será completamente controlado por Assad, o poder será dividido com os curdos e, com a ajuda deles e da coalizão internacional, serão realizadas operações contra o Daesh. Em geral, podemos dizer que o período de guerra civil na Síria, pelo menos sua fase violenta, acabou", declarou o professor Burak Bilgehan Ozpek em sua entrevista à Sputnik Turquia.



Fonte:
 








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