CPI do BNDES quer ouvir "sem pirotecnia" Coutinho e ministros

fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Eleito na semana passado para a relatoria da CPI, José Rocha disse que não quer fazer investigação com "pirotecnia": "temos que trabalhar em preservar essa grande instituição, que é o BNDES", afirmou.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o relator da CPI do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), deputado José Rocha (PR/BA), disse quem a comissão pretende convocar para ouvir.

"Vamos convocar as pessoas que têm conhecimento sobre todos esses investimentos e empréstimos, vamos ouvir ex-presidentes e o atual presidente do BNDES (Luciano Coutinho), vamos ouvir ministros, vamos ouvir todos os atores que estão nessa peça que diz respeito ao subsídio do BNDES", disse Rocha, lembrando que Coutinho preside o banco desde 2007, durante gestões de Lula e Dilma.

A Comissão, que investiga a legalidade usos secretos de recursos do banco público, terá sua primeira reunião deliberativa nesta terça (11). Nela, o plano de trabalho da CPI será apresentado e 70 requerimentos já apresentados pelos deputados, votados.

Rocha também descartou convocar o ex-presidente Lula e José Dirceu "a priori", mas não descarta fazê-lo depois. "Se aparecer o nome fundamentado, nós vamos ter que investigar e ouvir", disse, ressaltando que deseja ouvir primeiro "quem está envolvido tecnicamente".

Lula é alvo de inquérito da Procuradoria da República sobre suposto tráfico de influência para beneficiar a Odebrecht em investimentos do BNDES no exterior

"Sem pirotecnia"

O deputado Rocha disse também que não pretende que a CPI se torne um espaço de disputa política e afirmou que, dada a grandeza do BNDE, deve "trabalhar para preservá-lo".

"Nós temos que trabalhar em preservar essa grande instituição, que é o BNDES, o maior banco de fomento do mundo, e é um banco público da sociedade brasileira, então nós temos que preservá-lo e ir a fundo nas investigações no que diz respeito aos ppossíveis desvios de recursos do Tesouro", afirmou.

"Temos que ter muito juízo, ter muita consciência de que o brasil atravessa um momento de crise política, crise econômica", avaliou Rocha, pretendendo investigar "sem fazer nenhuma pirotecnia".

José Rocha disse ainda que "não vai ter assunto proibido" na CPI.

Fonte: