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Do UOL, em São Paulo




Centrais sindicais organizam protestos na manhã desta sexta-feira (11) em várias cidades do país contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 55, que limita os gastos públicos nos próximos 20 anos. Os manifestantes estão bloqueando vias e incendiando pneus. Em diversas cidades, trabalhadores aderiram ao Dia Nacional de Greve, marcada para esta sexta-feira (11) e organizada pelas organizações Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, além de sindicatos, movimentos sociais e estudantis
Em alguns lugares, como Salvador, Natal e em cidades da Grande Recife, Grande Florianópolis, Grande São Paulo, da região de Sorocaba e do Distrito Federal, ônibus deixaram de circular por algumas horas pela manhã. Em Porto Alegre, sindicalistas tentaram travar a saída dos coletivos da Carris, empresa pública de transporte coletivo da cidade, realizando um piquete. A Brigada Militar, entretanto, reagiu com bombas de efeito moral, possibilitando a saída dos veículos.
Na Grande São Paulo, integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) bloqueavam avenidas e estradas. Há protestos nas rodovias dos Bandeirantes, Anchieta, Dutra, Régis Bittencourt e Anhanguera, além do trecho Jacu Pêssego do Rodoanel. Na capital paulista, manifestações foram registradas na avenida João Dias (na altura do terminal rodoviário) e na estrada de Itapecerica.
Por volta das 7h40, avenida João Dias já tinha sido liberada pela Polícia Militar, e o incêndio, controlado pelos Bombeiros.
Segundo a Ecovias, que administra a Anchieta, a pista norte da via no sentido São Paulo tinha tráfego totalmente bloqueado no km 23 devido à manifestação por volta das 7h30. A pista foi liberada por volta das 8h06, mas o tráfego seguia lento do km 27 ao 23 e do km 13 ao 10.





Na Rodovia Presidente Dutra, que liga a capital paulista ao Rio de Janeiro, a pista expressa estava interditada por volta das 8h no sentido São Paulo, próximo a Guarulhos. Pouco depois, a via começou a ser desbloqueada, depois de ter ficado mais de uma hora travada pela manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Na região de Guarulhos, uma fogueira na pista, feita com pneus e pedaços de madeira, foi apagada por volta das 7h40. O trânsito, apesar da liberação, no entanto, ainda está carregado no local.
Na rodovia Anhaguera, na cidade de Sumaré, moradores da ocupação Vila Soma faziam o protesto na pista sentido interior. Segundo a concessionária da rodovia, o tráfego está congestionado apesar de as faixas estarem liberadas. Mais de 20 pessoas, que iam de ônibus participar da manifestação, foram presas pela Polícia Militar.





Em Sorocaba (SP) e outras 40 cidades da região, cerca de 300 mil usuários do transporte coletivo urbano e interurbano ficaram sem ônibus desde a madrugada desta sexta-feira (11). Trabalhadores da Sabesp de mais de 40 áreas da companhia também realizam protestos, paralisando os trabalhos.
No Rio de Janeiro, uma manifestação de funcionários da Petrobras interdita a rodovia Amaral Peixoto, na ligação entre Macaé e Rio das Ostras, segundo a rádio "BandNews Fluminense".
Outro protesto, este na via Light, interdita meia pista na esquina da rua Professor Paris, sentido Pavuna. Os manifestantes colocam fogo em pneus.




Em Porto Alegre, também há registro de manifestações na avenida Bento Gonçalves. Segundo os organizadores, cerca de 300 pessoas bloqueiam a via por volta das 6h20. Cerca meia hora depois, no entanto, o bloqueio já havia sido encerrado. Ainda na capital gaúcha, a avenida Ipiranga, na esquina com a Rus Silva Só, no sentido bairro-centro, foi bloqueada por volta das 7h. Outro bloqueio, no sentido centro-bairro, em frente à PUC-RS, na mesma avenida, também registrado.
Em cidades do interior gaúcho também houve protestos, com bloqueios de estradas e interrupção de serviços de transportes. Na tentativa de furar o bloqueio, foram registrados acidentes com carros e bicicletas. 
Os professores das redes pública e privada também devem aderir à paralisação, assim como técnicos, alunos e professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). 



Em Pernambuco, a avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro, também foi bloqueada. Servidores de bancos e Detran também estarão em greve no Estado por 24 horas. Na altura da capital Recife, a BR 365 foi travada por integrantes do MTST.




Na Bahia, há bloqueios com areia e pneus queimados nas rodovias BR-324, BA-535 e BR-101. Na BA- 535, centrais sindicais e movimentos populares bloqueavam a via de acesso ao Polo de Camaçari. Os ônibus voltaram a circular em Salvador, após paralisação, por volta das 6h. Na capital baiana, o Edifício Administrativo da Petrobras (EDIBA) foi tomado por manifestantes. Bancários da cidade também aderiram à greve.





No Distrito Federal, além da paralisação dos motoristas de ônibus, iniciada às 4h e prevista para ser encerrada às 9h, professores também aderiram ao Dia Nacional de Greve, assim como os estudantes da rede pública.
Em Curitibaum ato foi realizado por volta das 6h, em frente à Refinaria de Araucária (Repar). Categorias como bancários, servidores municipais, trabalhadores rurais e técnicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), além de professores da rede estadual de ensino devem aderir ao Dia Nacional de Greve.  Manifestações também devem ser realizadas em outras cidades do interior do Paraná, como Apucarana, Umuarama, Maringá e Londrina.
Em Goiânia, manifestantes do MTST travaram, por volta das 9h30, o Anel Viário.
Em Minas Gerais, na Universidade Federal de Juiz de Fora, estudantes fecharam, por volta das 9h, as entradas do prédio, aderindo, também ao protesto contra a PEC do Teto. Em Uberlândia, a BR 365 foi bloqueada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto.




O MST (Movimento dos Sem-Terra) informa que os atos foram convocado por centrais sindicais e movimentos sociais para protestar "contra ações do governo de Michel Temer": "projeto de aumento da idade mínima para aposentadoria, engessamento dos gastos públicos por 20 anos, esvaziamento do currículo do ensino médio por meio da Medida Provisória 746, redução da participação da Petrobras no pré-sal e do conteúdo nacional da cadeia de produção e negócios da estatal, além do projeto de ampliação das terceirizações que tramita no Senado".





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