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Foto: colaboração / Paulo Jesus / Paraná Portal
ocupação escolas paranáNarley Resende, com colaboração de Mariana Ohde, 
Fernando Garcel e Andreza Rossini
Subiu para 40 o número de escolas ocupadas por estudantes no Paraná, em protesto contra a reforma do ensino médio proposta pelo governo federal por meio da Medida Provisória 746/2016. Nessa quinta-feira (6), às 22h, o Colégio Estadual do Paraná (CEP), em Curitiba, foi ocupado por cerca de 500 estudantes. O CEP é o maior colégio do estado, com 5 mil alunos matriculados.
No fim da manhã desta sexta-feira (7), a União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES) divulgou o aumento no número de escolas ocupadas.
Até a noite de quinta eram 30. Após a ocupação do CEP, o número subiu para 34 com a soma de escolas em Maringá (Noroeste), Ponta Grossa (Campos Gerais) e Fazenda Rio Grande (Região Metropolitana de Curitiba). A Secretaria de Estado da Educação (Seed) não divulgará balanço, segundo a assessoria.
A primeira ocupação foi segunda-feira (3) à noite, no Colégio Estadual Padre Arnaldo Jansen, em São José dos Pinhais. Desde então, outras escolas foram ocupadas no município, que tem o maior número de ocupações (18) e também na Grande Curitiba e cidades do interior, como Londrina, Mandaguaçu, Pinhais, Piraquara, Marechal Cândido Rondon e Rio Branco do Sul. (Veja lista abaixo).
O número tende a crescer, segundo a UPES, e não há previsão de até quando os alunos vão manter as ocupações.
A principal crítica dos estudantes é o fato de a reforma ter sido desenvolvida sem a participação da comunidade. O presidente da UPES, Matheus dos Santos, afirma que o objetivo das manifestações é a retirada da Medida Provisória.
Os estudantes reclamam de “uma reforma via medida provisória, feita por um governo que não aprovou o projeto em eleição, enquanto o plano nacional de educação votado a cada 10 anos tramitou por 3 anos no Congresso Nacional. O protesto é contra a falta de discussão de uma medida tão drástica”.
“Acho que uma reformulação tem que partir da sociedade civil. Nós temos que propor e o governo vem discutir junto. São os estudantes, o povo brasileiro que tem que propor uma reformulação do ensino médio”, defende o presidente da Upes.
Uma manifestação unificada de estudantes do Paraná está marcada para domingo (9), às 15h, na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba.
A ocupação no CEP começou com cem estudantes por volta das 22h e, na manhã desta sexta-feira, contava com cerca de 500 participantes, segundo a UPES. Os estudantes organizaram oito comissões visando manter a ordem em uma espaço que congrega centenas de salas de aula: segurança, saúde, alimentação, agitação, jurídica, limpeza, paz e comunicação. O CEP tem 5 mil estudantes, cerca 1,3 mil no turno da manhã e 2,6 mil à tarde.
Em apoio aos participantes, foram doadas 250 marmitas pelo Sinditest (Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público) e pais de alunos também estão colaborando.
Os estudantes criaram um cronograma de atividades, que envolvem aulas sobre a reforma no ensino médio, oficinas e outras. Até o início da tarde desta sexta-feira eram 250 atividades no cronograma. Foi lançada uma espécie de edital, chamado “doe uma aula”, para que professores e outros profissionais colaborem voluntariamente com aulas durante a ocupação.
A ocupação do CEP tem a própria organização que é somada à sugestões e estrutura da Upes, com apoio de pais, professores, grêmio estudantil, sindicatos e membros da comunidade escolar.
Ocupação pacífica
Tânia Maria Acco, diretora-geral do Colégio Estadual do Paraná, conta que a ocupação é pacífica e os estudantes estão em diálogo com a instituição. “Estão organizados, pacíficos, educados. Tratam todo mundo com educação, gentileza. Esse é o contexto no momento”, afirma.
Os cursos abertos à comunidade oferecidos no CEP, com informática, artes, dança e línguas foram prejudicados com a ocupação. Os alunos permitiram apenas a realização do curso de iniciação de instrução de busca aquática para 50 alunos de formação de soldados do Corpo de Bombeiros. O curso só pode ser feito no CEP por causa da profundidade mínima de 6 metros da piscina e os estudantes entenderam que não têm interessem em prejudicar o cronograma de formação dos bombeiros.
Resposta da Secretaria de Educação
Diante das manifestações, a Secretaria de Educação do estado anunciou que a reforma vai ser debatida com a população antes de qualquer alteração definitiva. A secretária da Educação, Ana Seres, explica que as sugestões de mudanças na Medida Provisória vão ser levadas ao governo federal.
“No dia 13 de outubro, nós teremos em todos os 32 núcleos regionais da Educação, seminários com as comunidades escolares para estudar a proposta e dar as contribuições que vamos repassar não só para os deputados, mas para o MEC [Ministério da Educação]”, afirma.
A proposta de debate da medida provisória sugerida pelo Governo do Estado não agradou os alunos, segundo o presidente da UPES.
“Eles estão propondo uma webconferência. Nós estamos falando da reforma do ensino médio. Como você vai discutir por webconferência? 40% dos estudantes da periferia não têm acesso à internet. Como vão participar sem acesso à internet? Isso tem que ser discutido no berço da escola, no berço da comunidade escolar, em seminários municipais, regionais, estaduais e amplamente com o povo”, critica.

Manifestações devem crescer nos próximos dias

A previsão dos alunos é de que as manifestações e a ocupação de escolas ganhem força nos próximos dias. O Observatório do Ensino Médio da Universidade Federal do Paraná (UFPR) acompanha todas as mobilizações.
Desde 2012, o núcleo planeja uma proposta de reforma do ensino médio muito diferente da apresentada pelo governo federal. Segundo a jornalista e pedagoga Ana Carolina Caldas, integrante do observatório, o grupo vai ajudar no debate com os estudantes. “A gente está se colocando à disposição para qualificar esses debates. A gente já sabe que eles têm interesse em fazer debates dentro da escola para apresentar o que de fato a gente considera como uma reforma curricular correta”, garante.
Escola Estadual Professora Vani Ruiz Viessi, em Londrina.







Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba.








Agressão 
No Colégio Estadual Brasílio Itiberê, em Maringá, uma mulher que seria militante do Movimento Brasil Livre (MBL), agrediu uma aluna com um tapa e puxões de cabelo nessa quarta-feira. A Polícia Militar interviu e os alunos fizeram boletim de ocorrência. Ela é ex-pedagoga da escola ocupada.





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