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Uma pesquisa realizada por cientistas de três universidades dos EUA, ainda em 2007, até hoje nos faz pensar quais consequências à humanidade poderia enfrentar no caso de eventual guerra nuclear entre Índia e Paquistão.

Soldados em frente de míssil balístico paquistanês de longo alcance Shaheen III durante desfile militar, 23 de março de 2016
© AFP 2016/ AAMIR QURESHI / AFP


Segundo os pesquisadores norte-americanos, se a Índia e o Paquistão usassem 100 ogivas nucleares (metade do seu arsenal), com cada uma equivalente ao potencial destrutivo da bomba lançada contra Hiroshima (15 mil toneladas de TNT), mais de 21 milhões de pessoas morreriam dentro de uma semana por causa dos efeitos de explosão nuclear, queimaduras e radiação, e, além disso, uma metade da camada de ozônio seria destruída.


Enquanto as Forças Armadas indianas combatem campos terroristas ao longo da fronteira, um membro do Parlamento indiano do partido em poder, Bharatiya Janata Party (BJP ou Partido do Povo Indiano), Subramanian Swamy, instiga a realização de ataque nuclear. Já o ministro da Defesa paquistanês ameaça "eliminar" a Índia em retaliação. Segundo anunciou Swamy, em 23 de setembro, se 100 milhões de indianos morressem em eventual ataque nuclear paquistanês, a resposta indiana seria a destruição do Paquistão.


Segundo estimativas, o Paquistão possuía entre 110-130 ogivas nucleares em 2015 (66% delas instaladas em 86 mísseis balísticos) – número maior se comparado com os anos anteriores. Já a quantidade de ogivas nucleares da Índia constitui 110-120 unidades.


De acordo com Sameer Patil, pesquisador associado do centro de estudos indiano Gateway House, mísseis balísticos de médio alcance paquistaneses, equipados com ogivas nucelares, poderão atingir as quatro maiores cidades da Índia – Nova Delhi, Mumbai, Bengalore e Chennai, incluindo "os maiores postos de comando das Forças Armadas indianas".

                                                                              © AFP 2016/ JEWEL SAMAD
Sushma Swaraj, ministra das Relações Exteriores da Índia
Ao mesmo tempo, segundo ele, "levando em consideração que o território paquistanês é menor, é possível que a Índia ataque as cidades paquistanesas de Islamabad, Rawalpindi, Lahore e Karachi, bem como as instalações do exército paquistanês no distrito de Nowshera".




Como revelou em 2013 a federação global de Físicos Internacionais pela Prevenção de Guerra Nuclear (IPPNW), além do impacto devastador de eventual guerra nuclear indo-paquistanesa, dois bilhões de pessoas no mundo poderiam enfrentar a fome devido à mudança climática causada pelo uso de armas nucleares. 




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