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Com uma oposição dividida em diversos grupos rebeldes e potências internacionais intervindo em diferentes linhas de frente, a guerra na Síria é confusa. Confira uma visão geral dos principais envolvidos no conflito.
Na cidade de Idlib, rebeldes sírios queimam retrato do ditador Bashar al-Assad
Na cidade de Idlib, rebeldes sírios queimam retrato do ditador Bashar al-Assad

Na Síria, grandes organizações rebeldes, com mais de 10 mil combatentes, lutam tanto quanto grupos locais menores como contra o regime do presidente Bashar al-Assad. O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) registrou no ano passado mais de 230 facções rebeldes no país.
O regime de Assad, por sua vez, não luta somente contra os insurgentes, mas também contra a milícia terrorista "Estado Islâmico" (EI). Além disso, diversas potências mundiais estão envolvidas no conflito, dando apoio às mais diferentes forças na Síria.
O regime sírio
As Forças Armadas da Síria ainda controlam a maioria das grandes cidades, como Damasco e Homs, parte de Aleppo e também a faixa costeira. No entanto, tais forças, antes temidas e poderosas, encolheram consideravelmente devido às mortes em combate e aos desertores. Dos 300 mil homens do início da guerra civil restaram, no final de 2015, somente cerca de um terço.
Os militares de Assad são apoiados por até 200 mil combatentes, além de diversas milícias que são controladas por outros países – Irã, Iraque ou Afeganistão. A milícia libanesa xiita Hisbolá é a mais bem representada: quase 7 mil homens participam da guerra civil na Síria ao lado do regime.
Com ataques aéreos, a Rússia, um parceiro tradicional da dinastia Assad, intervém fortemente na guerra, alegadamente para combater o "Estado Islâmico" (EI). No entanto, o presidente Vladimir Putin também não deixa de bombardear, muitas vezes, os rebeldes moderados, incluindo aqueles apoiados pelo Ocidente.
"Estado Islâmico"
Como o nome sugere, a organização terrorista "Estado Islâmico" (EI) luta pela criação de um Estado, no caso uma teocracia islâmica a que chama de califado. Nos últimos meses, a milícia terrorista perdeu muitas áreas para o regime sírio e para os curdos. Mas os jihadistas ainda controlam grandes partes do norte e leste do país, principalmente regiões no deserto.
Sob a liderança de Abu Bakr al-Baghdadi, eles instalaram nessas áreas algo semelhante a um Estado, recolhendo impostos e aplicando a sua própria lei.
Presidente Bashar al-Assad
Presidente Bashar al-Assad (c.) também recebe considerável apoio
Fateh al-Sham
Com pelo menos 15 mil combatentes, a Frente Fateh al-Sham (Frente para Conquista do Levante, novo nome da antiga Frente al-Nusra) é um dos maiores, mais bem organizados e mais eficientes grupos rebeldes da Síria. Ela segue uma ideologia semelhante à do "Estado Islâmico", apesar de as duas facções serem inimigas.
No final de julho, o líder da antiga Frente al-Nusra, Mohammed al-Golani, anunciou que seu grupo iria mudar de nome, numa tentativa de se livrar do rótulo de terrorista, já que a Frente al-Nusra era o braço da Al Qaeda na Síria. Ao se libertar do patronato da Al Qaeda, a facção jihadista pretendia abrir caminho para novos laços com outros grupos da oposição síria.
A Fateh al-Sham já cooperava há tempos com alguns grupos rebeldes moderados, que são apoiados em parte pelos EUA, por exemplo nas cidades de Aleppo e Idlib. Mesmo assim, a organização é classificada como terrorista tanto pelos EUA quanto pela Rússia e, por esse motivo, está explicitamente excluída do atual cessar-fogo, assim como o EI.
Rebeldes do Fateh al-Sham
Rebeldes do Fateh al-Sham celebram o abate de um avião russo
Ahrar Al-Sham
A milícia salafista Ahrar al-Sham luta desde outubro de 2011 na guerra civil da Síria e também é considerada um grupo influente. Ela se mostra, no entanto, mais pragmática e menos radical do que a Fatah al-Sham.
O objetivo declarado do grupo é substituir o regime Assad por um Estado islâmico. Além de seus esforços militares, o grupo também tem representação política nas áreas que controla, possuindo escritórios para assuntos religiosos, sociais e financeiros. Consta que recebe apoio da Turquia.
A Ahrar al-Sham rejeita o atual cessar-fogo acertado entre a Rússia e os Estados Unidos. Em mensagem de vídeo, o grupo explicou que o acordo "somente contribui para fortalecer o regime de Assad" e aumentar o sofrimento da população.
Exército Livre da Síria
O Exército Livre da Síria (ELS) não é um exército no sentido original da palavra, mas uma aliança de combatentes moderados. Ele é apoiado principalmente pela população sunita, que é maioria na Síria, e foi fundado em meados de 2011 por forças nacionalistas. Ao longo da luta de resistência, no entanto, evoluiu para uma unidade mista, com membros das mais variadas origens ideológicas. De todos os grupos de oposição, o ELS é o que está mais próximo do Ocidente.
Com a ajuda da coalizão militar liderada pelos EUA, como também de tropas turcas, o ELS conseguiu recentemente alguns êxitos. No noroeste da Síria, seus combatentes expulsaram o "Estado Islâmico" de vários vilarejos. No entanto, coberturas jornalísticas independentes são raras na Síria. As notícias de vitórias vêm, na maioria das vezes, das partes envolvidas.
Combatentes curdos das YPG puderam expulsar o "Estado Islâmico" de várias regiões
Curdos sírios
Os curdos sírios estão representados nas Unidades de Proteção Popular (YPG na sigla original). Eles são um dos principais aliados do Ocidente na luta contra o "Estado Islâmico" e cooperam também com outros grupos rebeldes moderados.
Em setembro de 2014, diversos países árabes formaram, sob a liderança dos EUA, uma coalizão militar para executar ataques aéreos. Graças aos ataques dessa coalizão, uma aliança de combatentes terrestres liderada pelas YPG (as Forças Democráticas Sírias) conseguiu expulsar a milícia terrorista islâmica de regiões no norte da Síria.
As YPG são consideradas o braço armado do Partido da União Democrática (PYD), que tem laços estreitos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é proibido na Turquia. Tanto a Turquia como a União Europeia e os Estados Unidos classificam o PKK de organização terrorista.
A Turquia, país vizinho da Síria, sente-se ameaçada pelos esforços de independência dos curdos. Nos últimos meses, o governo em Ancara tem endurecido a luta contra os combatentes curdos, também na Síria. A justificativa: o combate ao terrorismo.




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