Presidente americano defende novas sanções em reação ao quinto e mais potente teste nuclear norte-coreano, que ele chama de grave ameaça à paz e estabilidade internacionais.
O presidente dos EUA, Barack Obama, condenou nesta
sexta-feira (09/09) mais recente teste nuclear da Coreia do Norte, classificando-o de uma "grave ameaça" para a segurança regional e a
paz e estabilidade internacionais.
O líder americano afirmou que trabalhará com os
aliados dos EUA em novas sanções contra Pyongyang. "Para que fique claro:
os Estados Unidos não aceitam e nunca vão aceitar a Coreia do Norte como um
Estado nuclear", afirmou Obama em comunicado, no qual destacou que se
trata do único país a testar armas nucleares neste século.
O teste desta sexta-feira, data em que é comemorado
o 68º aniversário da Coreia do Norte, foi o quinto e maior realizado pelo país.
A manobra também foi condenada pelo principal aliado de Pyongyang, a China,
pelas Nações Unidas e uma série de outros países, como França, Rússia, Japão,
Coreia do Sul e Brasil.
O teste foi realizado na base de Punggye-ri, no
nordeste do país, a mesma que foi usada nas detonações nucleares de 2006, 2009,
2013 e de janeiro deste ano. Os testes anteriores geraram sanções por parte do
Conselho de Segurança da ONU.
"Violação flagrante"
Obama disse que falou ao telefone com a presidente
da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe,
sobre o teste nuclear. "Concordamos em trabalhar com o Conselho de
Segurança da ONU, nossos outros parceiros do Grupo dos Seis e a comunidade
internacional para implementar vigorosamente as medidas impostas em resoluções anteriores
e tomar medidas adicionais significativas, incluindo novas sanções", disse
Obama. Segundo o presidente, a intenção é mostrar à Coreia do Norte que há
consequências para ações desse tipo.
Obama classificou o teste desta sexta-feira de uma
violação flagrante das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e que
"deixa claro o desrespeito da Coreia do Norte a normas e padrões
internacionais de comportamento e demonstram que o país não tem interesse em
ser um membro responsável da comunidade internacional".
De acordo com os EUA e a Coreia do Sul, a Coreia do
Norte lançou no início desta semana três mísseis balísticos em direção ao mar a
partir da sua costa oriental, enquanto líderes do G20 se reuniam na China.
De acordo com a Coreia do Sul, o teste nuclear
desta sexta-feira liberou 10 quilotons de energia. A bomba lançada pelos
Estados Unidos sobre Hiroshima, no Japão, tinha uma potência de 15 quilotons.
Segundo a televisão estatal KVTV, a manobra foi uma respostas às sanções
internacionais, e o país vai continuar reforçando suas capacidades nucleares.
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