Nessa quinta-feira o ministro da saúde, Ricardo Barros, anunciou uma nova regra que diminui o número mínimo exigido de médicos a serem contratados para atuar em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Enquanto os políticos gozam de privilégios e dos melhores médicos, o ministro fala para a população “cair na real”. Se atualmente a situação é critica, com a população literalmente morrendo em filas, essa medida deve piorar, reduzindo o numero de médicos, precarizando o atendimento.
São Paulo
Após esse anuncio, as unidades que atendem 24 h poderão disponibilizar, no mínimo, apenas dois médicos para atendimento por dia –antes, o mínimo exigido era de quatro médicos, em turnos de 12 h cada. Assim Temer promete precarizar ainda mais o atendimento e impor o sofrimento a milhões de pessoas.
De acordo com o ministro, a medida vai estimular a abertura de novas UPAs que já estão prontas, mas inutilizadas por falta de financiamento de médicos. Ou seja, ao contrario de investir na saúde e abrir mais UPAs com estrutura e atendimento de qualidade, o governo obriga a abrir mais UPAs para contar como numero, mas sem contratação de médicos e enfermeiros, promete precarizar mais o atendimento, e levar a agonia a população.
Há 165 unidades nessa situação no país, e outras 275 têm obras em andamento, das quais 170 têm mais de 90% das obras finalizadas. Segundo o ministro da saúde, "É melhor dois do que nenhum. O Brasil precisa cair na real. Não tem mais capacidade de contratar pessoal. É melhor ter essa UPA funcionando com um médico de dia e um de noite do que fechada", a afirmação completamente absurda do ministro é uma provocação a população.
Enquanto os políticos gozam dos seus privilégios com os melhores médicos, dizem para a população “cair na real”. E continua "Um município que vai abrir mais duas UPAs, por exemplo, poderá diminuir a estrutura de uma. Isso vai flexibilizar a UPA que já está atendendo a uma comunidade", diz Barros. "Estou absolutamente seguro que estamos fazendo o melhor para a saúde", além de diminuir os médicos abre espaço para flexibilizar todas as UPAs, e não precisar contratar mais médicos.
Os números são claros e é impossível que seja o “melhor para a saúde”, evidentemente, nessa nova medida com equipes com no mínimo dois médicos por dia que devem realizar no mínimo 2.250 atendimentos por mês. Antes a regra previa três tipos de equipes, com mínimas entre quatro, seis e nove médicos cada.
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