Soldado das forças governamentais líbias luta em Sirte em foto de 31 de julho de 2016.REUTERS/Goran Tomasevic
Aviões de guerra americanos realizaram pela primeira vez nesta segunda-feira (1°) inúmeros ataques aéreos em posições do grupo Estado Islâmico na cidade líbia de Sirte, a pedido do governo do país.
"Os primeiros ataques aéreos americanos em posições da organização terrorista Estado Islâmico foram realizadas hoje, causando pesadas perdas em Sirte", afirmou o primeiro-ministro líbio, Fayez al-Sarraj, durante discurso ao vivo transmitido pela televisão local.
Em Washington, o Pentágono disse que os ataques foram lançados em resposta a um pedido do governo da Líbia.
"A pedido do governo líbio, o exército dos Estados Unidos realizaram ataques aéreos contra alvos do Estado Islâmico em Sirte, com o objetivo de apoiar as forças aliadas que procuram derrotar os extremistas em seu reduto principal na Líbia", disse Peter Cook, porta-voz do Pentágono. Os ataques dos EUA em Sirte “vão continuar", acrescentou, sem dar mais detalhes.
O presidente Barack Obama autorizou os ataques seguindo recomendações de altos funcionários do Pentágono. “Estes ataques são coerentes com a nossa abordagem de combate ao Estado Islâmico, trabalhando em parceria com forças locais", disse Peter Cook.
"Os Estados Unidos se unem à comunidade internacional no apoio ao governo de união líbio, uma vez que ele se esforça para restaurar a estabilidade e segurança no país", finalizou Cook.
Com base em Trípoli, o autoproclamado governo de união nacional lançou uma operação em maio deste ano para retomar seu bastião original em Sirte, a cidade natal do ditador Muamar Kadhafi, morto em 2011. Sirte vem sendo controlada pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico desde junho de 2015.
Soberania
O primeiro-ministro líbio sublinhou que os ataques dos Estados Unidos foram realizados em coordenação com o centro de comando militar das forças governamentais e garantiu que as tropas estrangeiras não se instalarão na Líbia.
"Esta ação permitiu que as nossas forças pudessem reassumir o controle de posições estratégicas", disse ele, acrescentando que o envolvimento americano seria "limitado no tempo” e que “não irá além de Sirte e seus subúrbios".
"Solicitamos este apoio da comunidade internacional, em especial dos Estados Unidos, mas salientamos que não haverá nenhuma presença estrangeira em solo líbio", declarou o primeiro-ministro.
A retomada pelo governo líbio de Sirte, a 450 km de Trípoli, poderá ser uma eventual grande perda para o Estado Islâmico, que também tem enfrentado uma série de contratempos na Síria e no Iraque.
RFI+
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