Atirador foi
abatido. Disparou numa discoteca gay e teria ligações a grupos extremistas islâmicos.
Declarado estado de emergência
Um tiroteio
na madrugada deste domingo numa discoteca voltada para o público homossexual em
Orlando, no estado norte-americano da Florida, fez 50 mortos e 53 feridos,
revelou o mayor de Orlando, Buddy Dyer, em conferência de imprensa. Nesta
contagem de vítimas mortais incluiu-se o atirador, que foi abatido pela
polícia. O suspeito do ataque já foi identificado: trata-se de Omar Mateen, um
cidadão norte-americano de ascendência afegã. Segundo a comunicação social norte-americana,
terá nascido em 1986 em Port Saint Lucie, no estado da Florida. Não teria
cadastro.
O mayor de
Orlando revelou em conferência de imprensa ao início da tarde em Lisboa - menos
cinco horas na Florida - que decidiu declarar estado de emergência na cidade.
O Presidente
norte-americano já pediu informações sobre o tiroteio, informou a Casa Branca
em comunicado, e está a acompanhar a investigação.
Numa
primeira conferência de imprensa das autoridades, o chefe da polícia de
Orlando, John Mina, revelou que o atirador levava uma pistola, uma espingarda e
um qualquer tipo de "dispositivo". O tiroteio está a ser tratado como
um "ato de terrorismo interno".
O chefe da
polícia de Orlando, John Mina, em conferência de imprensa |
REUTERS
Nesta mesma
conferência de imprensa esteve presente o FBI, que está a auxiliar a polícia
local na investigação. Questionado sobre se o atirador teria ligações a grupos
extremistas islâmicos, o agente Ronald Hopper admitiu: "temos indícios de
que o indivíduo pudesse inclinar-se para essa ideologia em particular".
O atirador
foi abatido após troca de tiros com a polícia, revelaram as autoridades. Um
agente estaria dentro da discoteca quando o indivíduo abriu fogo, tendo depois
procurado refugiar-se numa outra zona do estabelecimento levando consigo
reféns. As autoridades decidiram então montar uma operação para resgatar as
vítimas do sequestro, provocando uma explosão para confundir o atirador. Um dos
agentes foi atingido durante o tiroteio que se seguiu, mas foi salvo pelo
capacete antibala.
Testemunhas
citadas pelo Orlando Sentinel garantem ter ouvido pelo menos 40 disparos dentro
da discoteca. Ao jornal, Kenneth Melendez, que se encontrava no local, explicou
que inicialmente confundiu o som dos tiros com a música. Quando percebeu o que
estava a acontecer, começou a correr e a tentar escapar, tendo visto várias
pessoas ensanguentadas e prostradas dentro da discoteca. Conseguiu sair sem
ferimentos.
Primeiras imagens do ataque terrorista em Orlando, Florida.
Tiroteio em
noite de festa latina
Os disparos
começaram na discoteca Pulse, em Orlando, pela duas da madrugada - eram sete da
manhã em Portugal. Segundo a agenda do estabelecimento de diversão noturna, sábado,
11 de junho, era noite de festa latina.
Pouco tempo
depois dos primeiros tiros, o Pulse publicava na página oficial do Facebook uma
mensagem: "saiam todos e corram". A polícia repetiu o alerta no
Twitter, pedindo aos residentes para que não se aproximassem da área.
"Muitos feridos", escreviam as autoridades.
Com o
avançar da madrugada, foi ouvida uma forte explosão, que a polícia confirmou
ter sido controlada - e serviu para intervir durante o sequestro. A brigada de
minas e armadilhas também esteve no local, provavelmente chamada logo depois de
as autoridades se aperceberem de que o atirador transportava consigo um
qualquer tipo de engenho, provavelmente explosivo.
Na altura do
tiroteio, estavam cerca de 320 pessoas na discoteca, indica a imprensa local. A
polícia esclareceu entretanto que este ataque não está relacionado com um outro
tiroteio que aconteceu no dia anterior em Orlando: a cantora Christina Grimmie,
de 22 anos, foi baleada mortalmente no final de um concerto no The Plaza Live,
sala de espetáculos da cidade, por um atirador já identificado mas cujos
motivos permanecem desconhecidos.
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