Em outubro de 2015, o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, solicitou “esclarecimentos imediatos” ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello, sobre a intimação para o filho mais novo do ex-presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, prestar depoimento à corporação.
O comunicado divulgado pela assessoria do Ministério da Justiça afirma que o Cardozo quer apurar se Luís Cláudio foi intimado “fora do procedimento usual”.
Lembrando: na última semana de outubro de 2015 a PF cumpriu mandado de busca e apreensão nas empresas de Luís Cláudio, em São Paulo, por ordem da juíza Celia Regina Bernardes. No despacho que ordenou as buscas, a magistrada ressaltou que a LFT – uma das empresas do filho de Lula – recebeu, em 2014, R$ 1,5 milhão do escritório do vice-presidente da Anfavea, Mauro Marcondes.
O Ministério Público avalia como suspeito o fato de a LFT – uma empresa de marketing esportivo – estar recebendo um valor expressivo de uma empresa especializada em atuar com a administração pública.
Em agosto de 2014, O ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior acusou a Polícia Federal de tentar detê-lo para prestar depoimento em São Paulo.
Ele é autor do livro Assassinato de Reputações — Um Crime de Estado, em que narra bastidores do período em que ocupou o cargo durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com Tuma Junior, quatro agentes chegaram ao seu escritório de advocacia por volta das 10h30m e disseram que tinham uma ordem para conduzi-lo coercitivamente para prestar depoimento na sede da PF. O ex-secretário teria se recusado, e teria ocorrido bate-boca.
– Não aceitei e fui por minha conta. É uma abuso. Para ser conduzido coercitivamente, é necessário ter sido intimado várias vezes, o que não aconteceu – disse Tuma Júnior.
José Eduardo Martins Cardozo, ministro da Justiça, só se tornou o vereador mais votado da história de São Paulo por uma questão: sob a prefeitura de Celso Pitta , Tuma Junior lhe passava todas as suas investigações sobre a chamada máfia dos fiscais.
Lembrando: o governo de Celso Pitta na prefeitura de São Paulo (1997-2001) esteve envolvido em um dos maiores esquemas de corrupção na administração pública brasileira. Funcionários da prefeitura cobravam propinas para não denunciar irregularidades no comércio, nas construções e em outras áreas que desobedeciam as normas municipais.
Improbidade do Ministro
O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, é (era) amigo pessoal de Tuma Jr. Quando a PF lhe fez uma intimação nos moldes da do filho de Lula, Cardozo, já ministro da Justiça, se calou.
Por quê?
Porque o PT inovou: além de ter transferido a capital do Brasil para Curitiba, o partido tentou inventar um novo item para os operadores do direito: a Intimação Sala Vip.
Salas VIP assim só ocorriam em países ditatoriais africanos.
O sul africano presidente Jacob Zuma, por exemplo, meteu US$ 27 milhões de dinheiro público em reformas de sua casa privada. Quem fazia a segurança das reformas? Policiais federais, a mando do ministério da Justiça.
O termo desvio de função normalmente está associado ao servidor ou empregado concursado ou contratado para uma função que exerce outra. Cardozo se desviou da função quando defendeu o filho de Lula para sala VIP.
Agora o quadro mudou: Cardozo soube da operação contra Lula uma semana antes da condução do ex-presidente à PF.
Soube que não poderia segurar a peruca desse rojão. E largou a pasta pouco depois de saber que acabaria a sala VIP para a família de Lula.
Okamoto, chefão do Instituto Lula, é quem corre esta semana que entra o risco de ser preso por obstrução de justiça…
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