Para Les Echos, a crise vivida no Brasil freou a mobilidade social. Segundo o jornal, as 3 milhões de famílias carentes que entraram no sistema de consumo durante os anos de fartura do país correm agora o risco de voltar à pobreza. Isso porque a chamada "Classe C", intermediária entre a classe pobre e a classe rica, é atingida em cheio pela crise e se tornou extremamente vulnerável.
Ouvido pelo Les Echos, o economista Adriano Pitoli, de uma empresa de consultoria de São Paulo, afirma que a mobilidade social conquistada em sete anos, entre 2006 a 2012, pode ser anulada em apenas três anos, ou seja, entre 2015 a 2017. Segundo o economista, o Brasil assiste ao surgimento de uma "ex-classe C".
Com a manchete "A classe média emergente dos anos Lula mergulha de novo na pobreza", Les Echos comenta que essa tese do recuo econômico dessa camada da população é polêmica porque questiona a solidez dos avanços registrados durante os mandatos do ex-presidente Lula e do início do governo de sua sucessora, Dilma Rousseff.
Essa população se beneficiou de um momento em que o país lucrou bastante com os preços altos das matérias-primas exportadas. Mas essa ascenção social aconteceu em bases muito frágeis, afirma o jornal. Ela não foi acompanhada de uma melhoria em infraestrutura nem de serviços públicos.
Ouvido pelo Les Echos, o economista Marcio Porchman, da Fundação Perseu Abramo, próxima do PT, lembra que o PIB do Brasil vai recuar 3% este ano e os indicadores sociais vão sofrer um forte impacto de emprego e renda. Segundo o especialista, não há dúvidas que haverá aumento da pobreza e da desigualdade no país.
Década de "estagnação de renda"
Segundo Les Echos, o Brasil inteiro vai dar uma espécie de marcha-ré. Se os anos 80 serão lembrados como a "década perdida", por causa da hiperinflação, os anos 2010 poderão ser marcados pela "estagnação da renda", de acordo com a análise do Instituto Brasileiro de Economia. De acordo com especialistas desse órgão, em 2020 o brasileiro voltará a ter uma renda equivalente à de 2010.
O jornal diz que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê novo recuo do PIB em 2016, de 1,2%. Além disso, a entidade considera que o país vive "um momento crítico para voltar a crescer".
O problema é que a política de austeridade defendida pelo governo pode fazer a classe média "emergente" sofrer ainda mais. Nem as políticas socias do governo estão livres dos cortes necessários para equilibrar as contas. O programa Minha Casa Minha Vida e o Ciências Sem Fronteiras já foram atingidos.
O relator do orçamento indicou que pode haver cortes também no Bolsa Família, o programa lançado pelo ex-presidente Lula. Ou seja, nesse cenário de crise profunda, "não tem mais assunto tabu no país", escreve Les Echos.
Ouvido pelo Les Echos, o economista Adriano Pitoli, de uma empresa de consultoria de São Paulo, afirma que a mobilidade social conquistada em sete anos, entre 2006 a 2012, pode ser anulada em apenas três anos, ou seja, entre 2015 a 2017. Segundo o economista, o Brasil assiste ao surgimento de uma "ex-classe C".
Com a manchete "A classe média emergente dos anos Lula mergulha de novo na pobreza", Les Echos comenta que essa tese do recuo econômico dessa camada da população é polêmica porque questiona a solidez dos avanços registrados durante os mandatos do ex-presidente Lula e do início do governo de sua sucessora, Dilma Rousseff.
Essa população se beneficiou de um momento em que o país lucrou bastante com os preços altos das matérias-primas exportadas. Mas essa ascenção social aconteceu em bases muito frágeis, afirma o jornal. Ela não foi acompanhada de uma melhoria em infraestrutura nem de serviços públicos.
Ouvido pelo Les Echos, o economista Marcio Porchman, da Fundação Perseu Abramo, próxima do PT, lembra que o PIB do Brasil vai recuar 3% este ano e os indicadores sociais vão sofrer um forte impacto de emprego e renda. Segundo o especialista, não há dúvidas que haverá aumento da pobreza e da desigualdade no país.
Década de "estagnação de renda"
Segundo Les Echos, o Brasil inteiro vai dar uma espécie de marcha-ré. Se os anos 80 serão lembrados como a "década perdida", por causa da hiperinflação, os anos 2010 poderão ser marcados pela "estagnação da renda", de acordo com a análise do Instituto Brasileiro de Economia. De acordo com especialistas desse órgão, em 2020 o brasileiro voltará a ter uma renda equivalente à de 2010.
O jornal diz que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê novo recuo do PIB em 2016, de 1,2%. Além disso, a entidade considera que o país vive "um momento crítico para voltar a crescer".
O problema é que a política de austeridade defendida pelo governo pode fazer a classe média "emergente" sofrer ainda mais. Nem as políticas socias do governo estão livres dos cortes necessários para equilibrar as contas. O programa Minha Casa Minha Vida e o Ciências Sem Fronteiras já foram atingidos.
O relator do orçamento indicou que pode haver cortes também no Bolsa Família, o programa lançado pelo ex-presidente Lula. Ou seja, nesse cenário de crise profunda, "não tem mais assunto tabu no país", escreve Les Echos.
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