A Samarco não pode mais extrair ou processar minério de ferro na mina de Germano, em Mariana. Segundo o subsecretário de Estado de Regularização Ambiental, Geraldo Abreu, o governo embargou a licença de operação da unidade. Na quinta-feira (5), as barragens de Fundão e Santarém, que pertenciam à mina e recebiam rejeitos de minério de ferro, romperam-se e inundaram de lama o distrito de Bento Rodrigues. Até o início desta segunda-feira (9), foram confirmadas duas mortes e 26 desaparecidos.
Ainda segundo o subsecretário, a Samarco só voltará a operar na região depois de cumprir exigências de segurança feitas pelo Estado.
"É preciso realizar as correções necessárias para que o funcionamento da mina seja retomado", afirmou Abreu.
Não há prazo para que isso aconteça. Uma das medidas a serem adotadas pela empresa, conforme Abreu, é o término do bombeamento do minério de ferro que se encontra dentro do mineroduto da empresa que liga Mariana ao Espírito Santo. O Complexo de Germano tem reservas estimadas em 400 milhões de toneladas de minério de ferro. Hoje, são retirados anualmente da mina cerca de 10 milhões de toneladas por ano.
O embargo da licença aconteceu na sexta-feira (6). No mesmo dia, o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador de Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais, anunciou que pediria nesta segunda-feira o fechamento da mina. A promotoria do Estado abriu inquérito civil público para investigar a queda das duas barragens.
Segundo Ferreira Pinto, existe a suspeita de irregularidades em obras que estariam sendo feitas nas barragens para ampliação da capacidade de armazenamento de rejeitos.
A primeira cidade a ser atingida será Baixo Guandu (a 186 km de Vitória), na divisa
DRONE SOBREVOA BENTO RODRIGUES (MG) E REGISTRA CENÁRIO DE DESTRUIÇÃO
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