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Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - As vendas no varejo do Brasil decepcionaram e recuaram 0,4 por cento em abril sobre o mês anterior, terceiro mês seguido de queda refletindo a fraqueza que vem abatendo a economia do país.
Essa foi a maior queda mensal para um mês de abril desde 2003, quando as vendas também recuaram 0,4 por cento.
Na comparação com o mesmo mês de 2014, as vendas varejistas caíram 3,5 por cento, também o pior resultado para abril nessa base de comparação desde 2003, informou o Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
Os dados foram bem piores do que a mediana das expectativas em pesquisa da Reuters, que apontavam alta de 0,60 por cento na comparação mensal e queda de 1,75 por cento sobre um ano antes.
O IBGE ainda revisou a leitura de março sobre fevereiro para mostrar recuo de 1,0 por cento contra queda de 0,9 por cento divulgada antes. E também piorou o número de março sobre o mesmo mês do ano anterior para alta de 0,3 por cento, contra 0,4 por cento divulgado anteriormente.
De acordo com o IBGE, seis das oito atividades pesquisadas no varejo restrito tiveram queda mensal no volume de vendas em abril, com destaque para as quedas de 12,2 por cento em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e de 5,1 por cento em outros artigos de uso pessoal e doméstico.
Por outro lado, as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, importante termômetro do setor, apresentaram alta de 1,9 por cento sobre março.
Já no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, o volume de vendas recuou 0,3 por cento em abril na comparação com março, com queda de 1,2 por cento de materiais de construção.

(Reportagem adicional de Caio Saad no Rio de Janeiro)

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