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Universidades britânicas alegam que Estado Islâmico recebeu pouca atenção de mídia ocidental até que grupo invadiu importante região produtora de óleo

Governos estrangeiros são 100 vezes mais propensos a intervir em guerras civis se o Estado em crise for lar de grandes reservas de petróleo, aponta um novo relatório formulado por acadêmicos das universidades britânicas de Warwick, Portsmouth e Essex.

Publicado no Journal of Conflict Resolution, o relatório examinou 69 guerras civis entre 1945 e 1999. Segundo o documento, as guerras civis representam 90% de todos os conflitos militarizados desde o fim da 2 ª Guerra Mundial. Destas, quase 67% têm sido caracterizadas pela intervenção estrangeira.

EFE

Estados Unidos é um dos principais países que mantêm uma presença militar em nações produtoras de petróleo


"A intervenção militar é cara e arriscada. Nenhum país se une à guerra civil de outra nação sem ponderar o custo contra seus próprios interesses estratégicos", afirma um dos autores do artigo, Petros Sekeris, ao The Independent. Para ele e seus colegas, há “provas claras” de que os incentivos econômicos de países produtores de petróleo são os principais motores que impulsionam a intervenção estrangeira.

Além disso, a pesquisa argumenta que os hidrocarbonetos desempenham um “fator notável” nos interesses da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra o EI (Estado Islâmico), no Iraque e na Síria.

Para o pesquisador Vincenzo Bove, por exemplo, o grupo extremista recebeu pouca atenção dos meios de comunicação ocidentais até seus militantes começarem a invadir a região rica em petróleo, localizada no norte predominantemente curdo do Iraque. Segundo ele, o cerco dos jiihadistas à cidade de Kobane foi colocado nas manchetes de modo a legitimar o envio de drones norte-americanos para atacar as posições do grupo islâmico.

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Nesse sentido, o relatório conclui que a decisão dos governos estrangeiros na intervenção é amplamente dominada pelo desejo de controlar o fornecimento de petróleo nos Estados em conflito, enquanto questões históricas e geográficas ou laços culturais e étnicos são pontos muito menos importantes e deixados de lado.

Para os especialistas, as motivações mais significativas para as guerras são geralmente as menos discutidas, enquanto motivações periféricas ou muitas vezes falsas são divulgadas e reforçadas por meio da mídia.

Essa inversão de valores faz com que se oculte o que é mais essencial nessas empreitadas, isto é, o desejo de controle de recursos valiosos e de dominar territórios geograficamente estratégicos, além do fortalecimento de um complexo industrial militar lucrativo.

EFE

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Papel dos Estados Unidos

Os pesquisadores notaram ainda que os Estados Unidos é um dos principais países que mantêm uma presença militar em nações produtoras de petróleo e têm um longo histórico de apoio a governos despóticos, apesar de sua suposta agenda de incentivo à democratização.

Um ponto positivo é que o recente aumento na produção de petróleo em território norte-americano indica que o Estado vai intervir menos no futuro próximo. Somado a isso, os pesquisadores sugerem que o mundo pode esperar um ciclo de baixa intervenção nos próximos anos também em virtude da queda nos preços do petróleo, que torna o produto um recurso menos valioso “para ser protegido”.

                                 Fonte:


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