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Balanço da empresa, publicado ontem, traz dados inconclusivos sobre perdas com corrupção

Para analistas, investir na Petrobras é um negócio arriscado


Balanço, que deveria ser divulgado em novembro, foi publicado às 4h30 de quarta-feira (28) e traz dados inconclusivos sobre perdas com corrupção; analistas não recomendam compra de ações da petroleira neste momento

Funcionários do Comperj fazem protesto na sede da Petrobras no Rio
fotos públicas/divulgação
Funcionários do Comperj fazem protesto na sede da Petrobras no Rio
A Petrobras divulgou o balanço não auditado do terceiro trimestre de 2014 e, mais uma vez, decepcionou, o que levou a mais uma derrocada no preço de suas ações no mercado acionário e deixa o mercado sem consenso sobre a recomendação de compra ou venda dos papéis. 
O Ibovespa recuou 1,85% na quarta-feira (28), puxado principalmente pela queda das ações da estatal, que recuaram 11,21% (para R$ 9,03 o papel preferencial, PN) e 10,48% (para R$ 8,63, ON). Para se ter uma ideia, em 21 maio de 2008 a ação PN chegou ao teto, valendo R$ 40,25.
“Nós não recomendamos mais a compra de Petrobras agora. A empresa precisa recobrar a confiança dos resultados e da gestão. Precisa mudar a diretoria para dar credibilidade ao mercado e, principalmente, precisa divulgar o balanço auditado”, afirma Celson Plácido, estrategista-chefe da XP Investimentos.
Para Celson Pácido, sem o balanço, é impossível saber o que vem por aí. Um dos motivos apontados é a interferência direta do governo no preço do combustível.
Celson Plácido, estrategista-chefe da XP Investimentos
XP Investimentos/Divulgação
Celson Plácido, estrategista-chefe da XP Investimentos
O recuo das ações PN neste ano, até o dia 27 de janeiro, é de -9,88%, enquanto as ordinárias (ON) caem 10,01%. Em 2014, recuaram 37,9% e 37,5%, respectivamente, fechando o ano a R$ 10,02 e R$ 9,59.
André Gordon, sócio da gestora GTI, acredita que os papéis da empresa, que já teve seu valor de mercado superior a R$ 300 bilhões e que hoje valem perto de R$ 110 bilhões, são uma boa opção para quem pensa em um investimento com prazo mínimo de cinco anos.
“O preço de mercado hoje só contempla a corrupção, mas os resultados absurdos que vemos hoje são o reconhecimento de tudo de ruim que já ocorreu. A empresa está na iminência de fazer ajustes e terá de reavaliar os ativos. Tudo será bem negativo, mas não tem efeito futuro. Do ponto de vista operacional, a empresa elevou a produção em 2014, tem grandes cenários para 2016 e 2017, com exploração do pré-sal”, analisa Gordon.
O executivo da gestora GTI considera ainda que o atual momento do petróleo no mundo (queda do preço em dólar), a volta da cobrança da Cide (Contribuição para Intervenção no Domínio Econômico). “A Petrobras vai reconstituir caixa aos poucos [importando petróleo barato e vendendo caro], produzir mais. Minha esperança é que esse caso escandaloso de corrupção tem de melhorar a governança da empresa. O balanço auditado mudará isso e a empresa será obrigada a divulgar.”
A reportagem procurou pelo menos três analistas do setor que preferiram não falar sobre o que esperam da Petrobras, devido a uma fadiga de meses de surpresa nas informações, dados inconclusivos publicados no balanço e reviravolta em depoimentos de executivos que depõem na Justiça dentro da investigação da Operação Lava Jato, que deflagrou um esquema de corrupção na estatal.
Em seu relatório sobre a empresa, um analista da corretora Concórdia começou sua avaliação sobre o balanço da Petrobras com a seguinte frase: "Quando parece que não podemos mais nos surpreender!".  
A CoinValores não recomenda a compra, mas apenas a manutenção dos papéis para os investidores que têm ações da Petrobras. A manutenção, por ora, é recomendada até pelo menos 31 de março, quando espera que a empresa divulgue o balanço auditado com a revisão/atualização do plano de negócios da companhia para os próximos anos, entre fins de abril e começo de maio, que deve trazer diminuição dos investimentos e premissas atualizadas. “Até lá, recomendamos tão somente a manutenção dos papéis da companhia em carteira e somente após as informações da justiça (que servirão de base para os ajustes no balanço auditado) e revisão de investimentos é que saberemos com maior clareza quem será a Petrobras daqui a cinco anos”, informa a corretora em relatório ao mercado feito ontem.
A corretora do Itaú BBA manteve a estimativa de preço-alvo em R$ 16,50. Em relatório analítico, a corretora afirmou em relatório que com a divulgação do documento na madrugada de quarta-feira, sem ser auditado e não conclusivo, a Petrobras tenta apresentar um cenário pior – sobre a reavaliação de ativos, que levaria uma baixa contábil de R$ 61,4 bilhões – para reduzir as discussões em torno dos auditores.
Entenda o que o balanço não revelou

Continuação....


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