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Por: Gessica Ribeiro

Categoria reivindica pagamento do adicional de periculosidade de 30% e bancários aderem ao movimento. Foto: Wellington Rocha
Os vigilantes patrimoniais de todo o Brasil realizaram hoje uma paralisação de advertência reivindicando o pagamento do adicional de periculosidade de 30%, que é garantido por lei, mas que não está sendo cumprido. Sem segurança, diversas agências bancárias em todo o país estão de portas fechadas durante todo o dia, mantendo apenas os serviços de autoatendimento.
No Rio Grande do Norte, os vigilantes também aderiram ao movimento, organizado pelo Sindicato Intermunicipal dos Vigilantes do Rio Grande do Norte (Sindsegur), e em apoio à categoria, o Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte participou das manifestações.
De acordo com a coordenadora geral do Sindicato dos Bancários no Estado, Marta Turra, a luta dos vigilantes é em defesa da vida, tanto da categoria quanto dos bancários e clientes, que são protegidos por eles. “Estamos apoiando a luta dos vigilantes, pois é uma causa muito justa. A grande maioria dos vigilantes patronais trabalham em bancos, e estão sujeitos diariamente à situações de risco, para proteger as nossas vidas e a dos nossos clientes. No entanto, eles trabalham sem coletes e muitos até mesmo sem armas, o que aumenta o perigo. Essa é uma luta pela vida e deve ser respeitada, por isso damos todo o nosso apoio”, disse Marta Turra.
Com a suspensão das atividades bancárias em algumas agências, a população ficou desassistida durante todo o dia, tendo que se dirigir a correspondentes bancários para efetuar pagamentos, mas quem precisava resolver problemas pessoais, diretamente no banco, teve que deixar para outro dia.
O estudante Valdo Lucas precisava entregar a documentação do FIES ao Banco do Brasil, mas com as portas fechadas, ficou preocupado com as conseqüências. “Dei viagem perdida, pois tinha que entregar essa documentação referente ao financiamento da minha faculdade, e encontrei as portas fechadas. Espero que isso não me prejudique mais e que o serviço volte ao normal o quanto antes, pois essa documentação tem um prazo para ser entregue”, disse Valdo Lucas.
Além da falta de serviço bancário, quem precisar sacar dinheiro em alguns terminais 24h também pode não conseguir, já que os vigilantes do Sindicato dos Empregados em Transportes de Valores, Carro Forte, Escolta Armada, Carro Leve, Trabalhadores do Caixa Forte e Tesouraria Bancária (Guarda e Contagem de Valores do Rio Grande do Norte (Sindforte), também paralisaram suas atividades durante todo o dia. A  falta desses serviços, causou transtornos e indignação entre a população.
A aposentada Aparecida Ferreira, procurou nesta manhã a agência do Banco do Brasil, no centro da cidade, e encontrou as portas fechadas, mas apesar de entender a motivação dos vigilantes, ela não concorda com a adesão geral dos bancários à manifestação.
Acho um absurdo as portas estarem fechadas, pois a população não deve pagar pelo descaso dos empresários ou do governo. Entendo que a reivindicação é justa e é bom que os bancários apóiem, mas paralisar as atividades na agência é demais. Já pagamos tantas taxas pelos serviços bancários que não poder utilizar o serviço quando necessário é um absurdo”, disse Aparecida.
Os vigilantes já realizaram outras mobilizações, mas a cada dia o movimento ganha mais força. A reivindicação da categoria pelo adicional de periculosidade é uma reivindicação antiga, que já dura quase 10 anos, mas que no final do ano passado, poderia ter chegado ao fim, quando a presidente Dilma Roussef sancionou a lei nº 12.740/2012 em 10 de dezembro, determinado o pagamento adicional de 30% ao salário dos profissionais. No entanto, mesmo após a determinação, algumas empresas permanecem descumprindo a lei, se recusando a efetuar o pagamento devido aos vigilantes.
Segundo o coordenador-geral do Sindsegur, Francisco Benedito Silva, a situação reflete o desrespeito do patronato pelos trabalhadores, mas eles vão reivindicar seus direitos até o fim. “Os patrões alegam que a lei deve ter uma regulamentação específica do Ministério do Trabalho para a categoria, e que só depois passarão a pagar o adicional. Mas isso não é necessário, eles estão apenas tentando ganhar tempo, mas nós não vamos permitir que esse desrespeito continue, e faremos o que for preciso para que a lei seja cumprida. Faremos quantas paralisações forem necessárias, vários atos públicos, e se nada for resolvido, deflagraremos uma greve nacional dos vigilantes”, afirmou Francisco Benedito.

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