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‘Atari tem que ser separada da holding francesa, que é um pesadelo financeiro’, diz fundador




  • Nolan Bushnell previu volta dos fliperamas na Campus Party




  • Pioneiro foi o único chefe que Steve Jobs teve e relembra o guru da Apple



  • Foto post Google+ por o Globo






    Nolan Bushnell, criador da Atari, na Campus Party: para 'pai do videogame', empresa pode se recuperar Foto: Marcos Alves / Agencia O Globo



    Nolan Bushnell, criador da Atari, na Campus Party: para 'pai do videogame', empresa pode se recuperarMARCOS ALVES / AGENCIA O GLOBO

    SÃO PAULO. Considerado o pai do videogame, Nolan Bushnell, disse acreditar na volta por cima da Atari, empresa que fundou em 1972, mas hoje se encontra em processo de recuperação judicial, com o objetivo de se se tornar independente da companhia francesa que a controla. Segundo ele, a marca ainda tem o carinho do público e pode se recuperar.

    — Eu realmente aplaudo esse movimento, porque acho que a marca Atari possa ser separada da holding francesa, que é um pesadelo financeiro. É preciso pegar um financiamento, sair da bancarrota se relançar, porque a marca é realmente ainda muito conhecida e amada. E acho que a empresa tem algumas das pessoas que poderiam fazer coisas maravilhosas com ela — disse Bushnell ao GLOBO, antes de fazer a apresentação mais aguardada da Campus Party Brasil nesta quarta-feira.

    O guru dos games também foi o primeiro e único chefe que o criador da Apple, Steve Jobs, teve em toda sua vida. Bushnell lembra de Jobs como uma pessoa obstinada, intensa e ativa, que se destacava pela criatividade.
    — Eu costumava dizer para Steve que se 99% das pessoas acham que o que você está fazendo é uma loucura, e o 1% que acha genial é apenas você mesmo, então você está no caminho certo — afirmou.
    É por acreditar na loucura que Bushnell desenvolve hoje um projeto que pretende ensinar crianças através de jogos, intitulado Brainrush. Segundo ele, por meio do sistema é possível ensinar numa velocidade dez vezes maior que o método convencional.
    — Estamos evoluindo para saber também o que a criança come no café da manhã, quanto está dormindo a cada noite, se está fazendo exercícios, acredito que se pudermos modificar essas variáveis, podemos fazer com que aprendam até 20 vezes mais rápido — afirmou.

    RETORNO DO FLIPERAMA
    Bushnell acredita que uma nova leva de inovações vai ampliar ainda mais a experiência de quem joga videogame no futuro. Ele cita os avanços na realidade virtual como o projeto Oculus Riff, que projeta um mundo virtual por meio de óculos especiais, e também aposta nas novas formas de jogos coletivos, como o Virsix, em que times de pessoas se reunem para jogar em salas especialmente desenhadas para isso.
    O criador do Atari acredita que a melhor forma para trazer essas tecnologias inovadoras às mãos do público seja retornar ao arcade (o velho fliperama).

    — Muita gente não entendeu o que era o Arcade. Aquilo era uma forma de apresentar as tecnologias ao público em geral, antes de se tornarem baratas o suficiente para chegarem à sua casa. Há tanta coisa maravilhosa hoje nos laboratórios que não se pode levar para casa. Isso pode ser empacotado, misturado com uma história e apresentando ao público, que pagaria uns trocados para ter essa experiência — afirmou.

    Embora não seja um grande conhecedor do mercado brasileiro de videogames, Bushnell aconselha os desenvolvedores do país a criar jogos que mostrem a cultura local para o mundo.
    — Vocês têm uma cultura única e deveriam se concentrar em projetos que levem essa cultura para o mundo. O Japão levou muito da sua cultura por meio dos jogos, como os ninjas e toda essa coisa. O Brasil precisa descobrir qual pode ser a sua contribuição — disse

    Fonte:
     photo oglobo-1_zps26202a53.jpg



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