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Enviado por telnettvoficial em 25/01/2012
Em um dos pontos onde um veículo oficial aguardava a saída do prefeito, manifestantes cercaram o carro gritando palavras de ordem e um dos integrantes murchou um dos pneus do carro, enquanto outros batiam no veículo
Integrantes de movimentos sociais que faziam uma manifestação na Praça da Sé, região central de São Paulo, atiraram ovos no carro em que o prefeito Gilberto Kassab usou para sair da Catedral da Sé, onde assistiu a uma missa celebrada em homenagem aos 458 anos da capital, comemorados hoje (25). Os manifestantes esperaram por Kassab em uma saída lateral da igreja, mas quando souberam que o prefeito estava saindo por outro lado correram em sua direção e houve tumulto. A Polícia Militar usou gás lacrimogêneo para conter a confusão.
Em um dos pontos onde um veículo oficial aguardava a saída do prefeito, manifestantes cercaram o carro gritando palavras de ordem e um dos integrantes murchou um dos pneus do carro, enquanto outros batiam no veículo.
O ato político começou no início da manhã e os manifestantes protestavam contra as operações do governo estadual e municipal na Cracolândia, na comunidade do Moinho, no Bom Retiro, onde houve um incêndio em dezembro, e contra a retirada dos moradores de Pinheirinho, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, que vem ocorrendo desde domingo. No local, ocupado desde 2004, viviam 1.500 famílias, cerca de 6 mil pessoas.
De acordo com a organização mais de 60 entidades participaram do ato, com cerca de 800 pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar.
Um dos organizadores da manifestação Júlio Delmanto, do Coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR) e da Marcha da Maconha, explicou que o objetivo da mobilização foi mostrar a insatisfação contra o processo de militarização do centro de São Paulo e da Cracolândia. "A partir da repressão dos moradores do Pinheirinho no domingo se uniu à luta essa bandeira também, além da questão da favela do Moinho que é uma região que também tem forte ataque da especulação imobiliária. O que nos une aqui é uma reação contra a especulação imobiliária determinando a militarização de São Paulo."
Para Delmanto, as ações na Cracolândia se inserem na política de guerra às drogas como a de higienização do Centro da cidade, sem demonstrar preocupação com a saúde dos dependentes químicos, que estão sendo jogados para outras áreas da cidade. "O que acontece é a expulsão da população pobre para as periferias porque o Centro é cada vez mais requisitado pelos interesses econômicos, ainda mais com a Copa do Mundo prestes a ocorrer."
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