Sobreviventes do ataque a uma boate em Istambul, na Turquia, descreveram como uma noite de comemoração de Ano Novo se tornou um massacre.
Ao menos 39 pessoas morreram e 69 ficaram feridas no tiroteiro na casa noturna Reina, menos de duas horas após a virada para 2017.
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Testemunhas relataram momentos de pânico após um homem abrir fogo contra o público no local, que fica na margem do Bósforo, estreito que divide a Europa e a Ásia no país, e se disseram supresas por não haver mais vítimas fatais.
O jogador de futebol Sefa Boydas disse à agência de notícias AFP que teve de caminhar sobre corpos para sair da boate, à qual havia chegado dez minutos antes.
"Ainda estávamos nos acomodando quando surgiu muita fumaça e poeira na porta. Ouvimos tiros. Muitas garotas desmaiaram na hora", disse ele.
Boydas afirmou que pessoas teria sido pisoteadas em meio à tentativa de fugir do atirador.
"Dizem que entre 35 e 40 pessoas morreram, mas deve ser mais, porque, quando estava andando, vi pessoas pisando umas sobre as outras", disse.
'Tudo virou caos'
Presente na boate no momento do ataque, Sinem Uyanik também contou ter vistos muitos mortos no local e disse que seu marido, Lutfu Uyanik, ficou ferido, mas não corre risco de morte.
"Antes que pudesse entender o que estava acontecendo, meu marido caiu sobre mim", disse ela do lado de fora do hospital Sisli Hospital na manhã deste domingo.
"Tive de erguer muitos corpos que estavam sobre mim para sair de lá."
Outros clientes da boate também relataram seu choque diante do desenrolar do ataque.
"Estávamos aqui para nos divertir, mas, de repente, tudo virou caos e uma noite de horror", disse Maximilien, um turista italiano, à AFP.
Ismail Celebi estava do outro lado da rua e afirmou ter visto pessoas "correndo, se pisoteando" após ouvir um tiro.
"Pelo que pudemos ver, as pessoas que saíam estavam muito feridas. É difícil de acreditar", afirmou ele à AP.
Autoridades disseram que o atirador disparou primeiro contra um policial e um civil que estava do lado de fora da boate antes de entrar.
Mehmet Dag testemunhou isso e disse ter ficado frente a frente com o criminoso.
"Ele atirou contra os seguranças e atingiu a maioria deles. Em seguida, entrou, e não sei o que aconteceu depois. Ouvi sons de tiros e, após dois minutos, uma explosão", afirmou.
"Fiz contato visual com ele, que olhava para nós e sorria."
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