
AFP / Omar haj kadour Homens sírios procuram por vítimas no local em que um ataque aéreo atingiu a cidade de Idlib, tomada pelos rebeldes, em 10 de setembro de 2016
Ataques aéreos que atingiram um shopping e áreas
controladas pelos rebeldes ao noroeste da cidade de Idlib mataram 24 pessoas
neste sábado, de acordo com uma ONG, um dia depois do anúncio da Rússia e dos
Estados Unidos de uma trégua para a Síria.
Não ficou imediatamente claro quem comandou os
ataques que também atingiram inúmeros bairros em Idlib e feriram pelo menos 90
pessoas, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A ONG, com sede na Grã-Bretanha, não conseguiu
confirmar quantas vítimas eram civis e informou que alguns corpos "foram
queimados até ficarem irreconhecíveis".
Um fotógrafo da AFP em Idlib viu um homem escalando
escombros, apenas com chinelos ou sandálias, para ajudar a retirar os feridos, moradores
e crianças cobertos pela poeira de um prédio derrubado.
Outras pessoas tentavam levantar um cliente
ensanguentado que caiu no chão enquanto um incêndio tomava conta de um shopping
ao ar livre.
Um homem, com a cabeça ferida, caminhava segurando
a mão de um menino descalço.
Os ataques também destruíram lojas e carros no
local.
Após uma maratona de conversas em Genebra, o
secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro russo de Relações
Exteriores, Sergei Lavrov, disseram que o cessar-fogo começará na
segunda-feira, primeiro dia da festa muçulmana Eid al-Adha.
Se acordo for implementado, as forças armadas
sírias teriam que parar os ataques aéreos nas áreas rebeldes e as ajudas
chegariam para os civis atingidos pela guerra.
Investigadores da ONU disseram na semana passada
que o bombardeio aéreo pelas forças sírias e seu aliado russo, principalmente
em Aleppo e Idlib, estavam causando enormes baixas de civis e destruindo
infraestruturas vitais.
Desde a primavera de 2015, a maior parte da província
de Idlib foi tomada pela aliança entre os rebeldes, islâmicos e extremistas
conhecidos como o Exército da Conquista.
O Exército da Conquista - comandado pela Frente
Fatah al-Sham, antiga Frente Al-Nusra que após cortar ligações com a Al-Qaeda
mudou de nome - é regularmente bombardeado pelas forças pró-governo.
Mais de 290.000 pessoas foram mortas desde que o
conflito sírio começou em março de 2011, e inúmeras tentativas de tréguas de
longa duração não conseguiram avançar.
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