Patrícia Lélis será indiciada por calúnia e extorsão. Delegado afirma ter evidências de que ela não foi sequestrada
Uma
reviravolta no caso envolvendo o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) mudou
os rumos das investigações sobre a suposta tentativa de estupro e cárcere
privado denunciados pela militante do PSC, Patrícia Lelis, 22. Ela acusa
Feliciano de tentativa de estupro e diz que membros do partido tentaram comprar
seu silêncio, a ameaçaram e a mantiveram em cárcere privado.
Mas, de acordo com o delegado Luiz Roberto Hellmeister, responsável pelo caso em São Paulo, onde a jovem registrou um boletim de ocorrência no domingo, a polícia tem provas de que Patrícia Lelis não foi mantida em cárcere privado. "Ela hospedou o namorado no mesmo hotel em que disse que havia sido sequestrada", disse o delegado, na tarde desta sexta-feira. "Temos vídeos mostrando ela em diversos restaurantes de São Paulo e passeando com o namorado pela cidade." A partir das evidências, o delegado afirma que Patrícia Lelis será indiciada por denúncia caluniosa e extorsão. "Eu nunca vi gente ameaçada de morte ir fazer unha, cabelo e maquiagem. Temos provas de que ela foi fazer tudo isso", diz o delegado. Patrícia esteve em São Paulo no dia 30 de julho. Três dias depois, começaram a circular áudios da jovem incriminando Feliciano por tentativa de estupro.
O advogado de Patrícia, José Carlos Carvalho, afirmou nesta sexta-feira que ela não tem recursos financeiros para ir a São Paulo prestar depoimento, como requer o delegado. "Ela não tem dinheiro pra ir a São Paulo, e ele [o delegado] sabia disso", afirmou. "Ele pode enviar uma precatória para ela ser ouvida aqui em Brasília", sugere. Já o delegado afirma que está "pleiteando" que Patrícia preste depoimento em São Paulo. "Se ela não vier, eu vou pedir a prisão temporária dela", disse. Não há um prazo para que isso ocorra.
Se Patrícia, de fato, mentiu sobre a acusação de cárcere privado, isso enfraquece parte das denúncias feitas pela jovem contra o pastor Feliciano. Mas ainda não está provado que a suposta tentativa de estupro tenha sido inventada pela garota. São acusações diferentes, que fazem parte de uma história que já teve muitas idas e vindas.
uma pessoa "íntegra" com quem ela tem um "contato muito bom".
Na sequência, Patrícia afirma que está sendo ameaçada por Talma Bauer, chefe de gabinete de Feliciano e que, por isso, foi forçada a gravar o vídeo desmentindo a acusação. Ela registra um boletim de ocorrência em São Paulo, onde presta depoimento. Bauer então é detido, mas liberado no mesmo dia - sexta-feira da semana passada - após prestar depoimento. À TV Globo, Bauer disse que tinha ido prestar esclarecimentos "sobre uma menina que veio fazer uma falsa comunicação de fatos". No dia seguinte, Feliciano se pronuncia pela primeira vez sobre o caso, em um vídeo, e diz que Patrícia inventou o episódio do assédio, mas que perdoa a jovem.
Porém, no início desta semana, começaram a circular na Internet áudios e vídeos de supostas negociações entre Patrícia e Bauer. Em um deles, Patrícia diz que quer continuar no PSC e pergunta se querem oferecer dinheiro a ela pelo silêncio. Um outro vídeo mostra Patrícia dizendo um amigo que recebeu apenas 10.000 reais, e Bauer afirma que tinha dado 50.000 reais a ela.
É possível então concluir que houve negociações entre Patrícia e Bauer, em valores em dinheiro. Mas ainda não é possível saber por que razão. Se a acusação de tentativa de estupro é caluniosa, ao redor do que giram essas negociações?
No final da entrevista com o delegado Luiz Roberto Hellmeister, feita por telefone, ele levanta uma suspeita. "Ela pode inclusive ter problemas, pode ser inimputável". Mas não fala mais sobre isso. A reportagem tentou entrar em contato com Patrícia, mas, segundo seu advogado, ela estaria sem voz "após todas as entrevistas que ela deu nesta semana".
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