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AFP / THAER MOHAMMED Um homem carrega uma criança retirada dos escombros após ataque aéreo, em Aleppo, no dia
19 de julho de 2016
O diretor de Operações Humanitárias das Nações
Unidas expressou nesta segunda-feira sua frustração diante da incapacidade das
potências mundiais para acertar uma trégua que permita a chegada de ajuda a
Aleppo, advertindo para uma catástrofe humanitária "sem precedentes"
na cidade síria.
Stephen O'Brien disse ao Conselho de Segurança que
os planos estão prontos para o rápido envio de 70 caminhões com ajuda
humanitária ao leste de Aleppo caso as partes acertem uma trégua.
"Não vou esconder, estou enojado, muito
enojado", disse O'Brien aos membros do corpo executivo da ONU, que
celebram sua terceira reunião este mês sobre a crise em Aleppo.
"Como chefe de Operações Humanitárias da ONU,
digo que esta infame carnificina que é a Síria há muito passou do cinismo ao
pecado".
O'Brien reafirmou seu apelo por uma trégua de 48
horas nos combates em Aleppo, onde a violência cresceu exponencialmente quando
as forças do regime cercaram a zona controlada pelos rebeldes.
Os combates pelo controle do setor leste de Aleppo
já causaram a morte de 333 civis desde 31 de julho passado, quando os rebeldes
lançaram uma grande ofensiva para romper o cerco.
"Em Aleppo se corre o risco de uma catástrofe
humanitária sem precedentes nos mais de cinco anos do sangrento conflito e
massacres na Síria", advertiu.
O'Brien comemorou o anúncio da Rússia, aliado-chave
de Damasco, de que apoia uma trégua de 48 horas, mas destacou que todas as
partes devem manifestar seu respaldo à medida.
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