Lobby do PMDB pró-reajuste salarial do STF reforça
incerteza fiscal
KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA
Senadores do PMDB que temem a investigação da Lava
Jato querem agradar ao Supremo e, de quebra, ter argumento para aumentar os
próprios salários. Isso reforça incerteza fiscal sobre o futuro econômico do
país.
Há um poderoso lobby peemedebista pela aprovação de
um projeto para elevar o salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal)
de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. Como a remuneração de um ministro do STF é o
teto do funcionalismo público, haveria na sequência o pleito de deputados e
senadores para equiparação salarial. O presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), já marcou a votação do projeto para 6 de setembro e depois mudou
para o dia 8. Mas há tucanos e democratas que querem engavetar essa proposta.
O PSDB cobra que Temer seja mais duro e vete esse
reajuste, se o Congresso aprová-lo. O presidente interino vai aguardar a
votação final do impeachment para tomar uma decisão. Segundo auxiliares, sua
tendência é, depois de ser confirmado na Presidência, agir com mais firmeza na
economia. Mas a pressão é grande para Temer ceder ao corporativismo dos
ministros do Supremo e do Congresso.
*
Guerra federal
Cresceu no Supremo Tribunal Federal a avaliação de
que investigadores da Lava Jato teriam cometido abusos. Gilmar Mendes criticou
procuradores da República, sugerindo que partiu deles vazamento para prejudicar
seu colega Dias Toffoli.
Além da reação de Rodrigo Janot, houve também um
movimento dos investigadores em Curitiba para rebater Mendes. No fundo, é uma
disputa de poder entre o Supremo e o Ministério Público pela condução da Lava
Jato daqui em diante.
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