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Israel aprovou a construção de 560 novas casas na colônia de Maale Adumim, na Cisjordânia.AHMAD GHARABLI / AFP
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o
recém-empossado ministro da Defesa, o ultradireitista Avigdor Lieberman,
anunciaram a intenção de construir 600 unidades habitacionais em assentamentos
na Cisjordânia e mais 240 em bairros judaicos de Jerusalém Oriental. A medida
pode aumentar ainda mais a tensão na região.
Daniela Kresch, correspondente da RFI em Tel Aviv
Ambas as regiões são consideradas “ocupadas” pela
comunidade internacional desde a Guerra dos Seis Dias, há 49 anos. Por isso,
Israel não teria direito, como ocupante, de construir casas para seus cidadãos
no local. Atualmente, cerca de 600 mil israelenses moram nessas áreas, onde os
palestinos almejam declarar um Estado independente, juntamente com a Faixa de
Gaza.
Esse anúncio pode aumentar a tensão, que está em
alta desde setembro. No total, até agora, 40 israelenses morreram em ataques de
palestinos com facas, armas de fogo e atropelamentos. Cerca de 220 palestinos
morreram nas represálias israelenses, sendo que 150 enquanto cometiam os
crimes.
O temor é de
que essa onda leve a um confronto de proporções maiores. Há exatamente dois
anos, em julho de 2014, um atentado terrorista deu o pontapé inicial para uma
bola de neve de violência que levou à guerra entre Israel e o grupo islâmico
Hamas, que controla a Faixa de Gaza, num confronto que deixou 2.200 palestinos
e 70 israelenses mortos.
Medida é
resposta a atentados terroristas
A medida é claramente uma retaliação a uma série de
ataques terroristas, na semana passada. Num dos mais dramáticos, na
quinta-feira, um palestino de 17 anos, morador de um vilarejo na área de
Hebron, na Cisjordânia, pulou a cerca do assentamento judaico de Kiriat Arba,
entrou numa casa aleatória e esfaqueou até a morte uma menina de 13 anos que
dormia em seu quarto.
No dia seguinte, atiradores palestinos abriram fogo
contra um carro com placa israelense na Cisjordânia, matando o motorista, o
rabino Michael Mark, de 48 anos. Sua mulher ainda está internada. Dois dos dez
filhos do casal estavam no carro e também se feriram.
Com
atentados, criação de Estado fica mais distante
Pode parecer confuso, mas o governo israelense
reage a atentados com diversas medidas já conhecidas, como isolar o local de
onde saiu o agressor, revogar vistos de trabalho de parentes e demolir a casa
da família do atacante.O anúncio da construção de novas casas em assentamentos
também faz parte desse arsenal de reações.
Isso porque os palestinos afirmam que as colônias
israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental são o maior obstáculo à
criação de seu Estado nacional. Nesse sentido, o anúncio de construção nessas
colônias, seria uma mensagem aos palestinos de que atentados só afastam o
horizonte da criação desse Estado.
Líderes ultranacionalistas aprovaram os recentes
anúncios, mas continuam ameaçando derrubar Netanyahu, porque também foi
anunciada a construção de 600 casad para palestinos em Jerusalém Oriental. Eles
também acusam o governo de fazer anúncios de construções para israelenses que,
na verdade, nunca saem do papel por causa da pressão internacional.
Netanyahu chega nesta terça-feira à África
O primeiro-ministro israelense viajou ontem para a
África, onde vai visitar Uganda, Quênia, Ruanda e Etiópia. É a primeira-visita
de um primeiro-ministro de Israel à África em 38 anos.
Netanyahu
foi recebido com cerimônia oficial no aeroporto de Entebbe, em Uganda, exatos
40 anos depois da chamada Operação Entebbe, quando soldados israelenses
resgataram 104 reféns judeus no aeroporto depois de um sequestro de avião.
A cerimônia
em Entebbe teve um prisma simbólico, já que na ousada operação, imortalizada
até em filmes, o único soldado a morrer foi o comandante da operação, Yonatan
Netanyahu, irmão mais velho do atual primeiro-ministro.
Fonte:
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