REUTERS/PETER NICHOLLS
Segundo
o fundador da Wikileaks, o novo modelo de negócio é o "capitalismo
de vigilância" e a Google segue a lógica das empresas
militares na procura de informação
O
fundador da Wikileaks, Julian Assange, assegurou hoje que o novo
modelo de negócio é o "capitalismo da vigilância" e que
a Google e o Facebook recebem mais informação do que a Agência de
Segurança Nacional (NSA) norte-americana.
Em
videoconferência feita a partir da embaixada do Equador em Londres,
onde está refugiado desde 2012, Assange acrescentou que apesar da
informação que recebem aquelas empresas, a NSA acaba por vigiá-las
e "sabe igualmente de tudo".
O
australiano participava num seminário internacional sobre "Liberdade
de Expressão, Direito à Comunicação Universal e Meios de
Comunicação Plurais para as Democracias do Mundo", que se
realizou em Santiago do Chile.
"A
quantidade de espionagem pode aumentar e o modelo de negócio é o
capitalismo de vigilância
É
este o tipo de espionagem que faz a Google ou o Youtube com a
informação que obtêm através do Gmail. A Google segue a mesma
lógica das empresas militares na procura de informação, segundo
Assange.
Assange
está refugiado há quatro anos na embaixada do Equador em Londres
para escapar a uma extradição para a Suécia, onde está acusado de
violação.
O
ex-hacker australiano, que nega a violação, recusa render-se àquele
país com receio de ser extraditado para os Estados Unidos, onde
poderá ser acusado pela publicação na WikiLeaks, na Internet, em
2010, de 500 mil documentos classificados como secretos sobre o
Iraque e o Afeganistão e 250 mil comunicações diplomáticas.
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