As investigações da Operação Lava Jato estão cada vez mais rigorosas em relação ao ex-presidente Lula. O Ministério Público Federal (MPF) solicitou que empresas, bancos e entidades de classe que fizeram repasses à L.I.L.S. Palestras, Eventos e Publicações apresentem comprovantes dos pagamentos e da realização de palestras feitas pelo petista.
A L.I.L.S é uma sociedade entre o ex-presidente e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula.
De acordo com a entidade, Lula fez palestras para 41 empresas. Desse total, apenas 3 insituições confirmaram ter recebido o ofício do MPF: a Rumo ALL, a Helibrás e a Odebrecht, como revela matéria publicada hoje (27) pelo jornal O Globo.
A empresa de Lula e Okamoto apareceu nas investigações da Lava-Jato num pedido de compra da Odebrecht, no valor de R$ 400 mil. Na ocasião, a PF incluiu em relatório a informação de que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou pagamentos de R$ 27 milhões à empresa de Lula, entre abril de 2011 e maio de 2015, R$ 10 milhões teriam sido pagos por empresas investigadas na Lava-Jato.
O Instituto Lula informou ter prestado informações voluntariamente ao Ministério Público Federal do Distrito Federal à Receita Federal. Negou ter recebido pedido da Lava-Jato.
Obra paga pela Odebrecht
A revista Época apurou que o arquiteto Paulo Ricardo Giaquinto, hoje no cargo de Superintendente da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP), foi responsável por uma reforma no prédio do Instituto Lula. Investigações apontam que ele recebeu pelo menos$ 40 mil da Odebrecht pela construção.
Tanto o arquiteto quando a Odebrecht negam que o pagamento tenha relação com as obras no instituto.
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