A CGU e os ministérios da Justiça e da Educação (MEC), anunciaram o lançamento de uma “força-tarefa” para fiscalizar de desvios de recursos da educação
O presidente de um cooperativa agrícola disse, durante delação premiada, que o governo Alckmin quebrou um contrato para fornecimento de merenda para forçar o pagamento de propina. Segundo Cássio Chebabi, ex-presidente da Cooperativa Orgânica Familiar (Coaf), a coopertiva vencera um chamamento público em 2013, no valor de R$8 milhões, para fornecer suco de laranja a escolas do Estado. Seria a maior remessa da cooperativa. Com o produto pronto, momentos depois da entrega, o governo cancelou o pedido. As informações são dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.
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Chebabi então foi contatado por Marcel Ferreira Júlio, operador do esquema e que se dizia ligado ao deputado Fernando Capez (PSDB). Ele disse que o contrato poderia ser retomado mediante pagamento de propina. O governo fez nova chamada pública no ano seguinte, no valor de R$8,5 milhões. A Coaf tornou a vencer o contrato.
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Procurado, o governo não explicou porque interrompeu o contrato original. A Secretaria de Educação do Estado informou que a segunda chamada fez sentido porque foi vantajosa para os cofres públicos – o suco ficou mais barato.
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O caso foi descoberto em meio às investigações da Operação Alba Branca, que investiga irregularidades no fornecimento de produtos para a merenda escolar em São Paulo. A operação mirou lideranças tucanas em São Paulo. O PSDB nega envolvimento com o esquema. Na quarta-feira (27), o Palácio dos Bandeirantes divulgou uma avaliação de que a operação foi criada para dividir as manchetes, dominadas pela Operação Triplo X.
Também na quarta-feira, a Controladoria Geral da União (CGU) e os ministérios da Justiça e da Educação (MEC), anunciaram o lançamento de uma “força-tarefa” para intensificar a fiscalização de desvios públicos da educação. As pastas são comandadas por petistas.
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