Alunos protestam contra decisão do governo Alckmin de fechar colégios
Do UOL, em São Paulo
A Escola Estadual Dona Ana Rosa de Araújo, na zona oeste de São Paulo, foi ocupada na manhã desta sexta-feira (13) por estudantes. Com esta nova manifestação, já são sete as escolas ocupadas na capital e na Grande São Paulo. Os estudantes protestam contra a reorganização da rede estadual proposta pela Secretaria da Educação,
A Polícia Militar confirmou que foi chamada por volta das 8h, mas não deu mais informações sobre o caso.
Segundo estudantes, a escola foi ocupada de forma pacífica. Em seguida, foi realizada uma assembleia e eles decidiram permanecer no local. Os cadeados da escola foram trocados pelos manifestantes.
A unidade não será fechada, mas deve transferir todas as turmas do ensino médio. Os alunos são contra a mudança e dizem que não foram consultados sobre a reorganização.
Em nota, a Secretaria da Educação disse que está aberta ao diálogo com os manifestantes. "A Diretoria Regional de Ensino está disponível para receber os estudantes da E.E. Ana Rosa de Araújo. A administração reconhece o direito à livre manifestação, mas não compactua com movimentos político-partidários que não têm como objetivo a melhoria da qualidade de ensino e impedem o direito de acesso aos estudos daqueles que foram até suas escolas para assistir às aulas nos últimos dias".
A pasta disse ainda que a escola passará a ter somente os anos finais do ensino fundamental. "A reorganização visa melhorar a qualidade de ensino dos estudantes e aprimorar as condições de trabalho dos professores", diz em nota.
Outras ocupações
Além da escola Ana Rosa, estão ocupadas a Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, a E.E. Diadema, na cidade de mesmo nome, a E.E. Salvador Allende, na zona leste de São Paulo, E. E. Castro Alves, no bairro de Santana, E.E Valdomiro Silveira, em Santo André, e E.E. Profª Heloisa de Assumpção, em Osasco.
Ontem, os alunos da Fernão Dias, onde se concentra o maior número de manifestantes e policiais, receberam uma notificação da decisão da Justiça sobre a reintegração de posse do prédio. Após receberem o documento, eles aceitaram se reunir com representantes da secretaria nesta sexta às 15h.
Por volta das 19h, a PM usou gás de pimenta pela segunda vez em frente à escola de Pinheiros. Segundo o capitão Cunha Neto, os policiais desconfiaram do rapaz por ele estar filmando os policiais que cercam a escola e decidiram revistá-lo.
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