Header Ads Widget






Jornal GGN - A presidente Dilma Rousseff (PT) precisa dar um cavalo de pau na economia e interromper a agenda do ajuste fiscal se quiser recuperar o apoio da base social que lhe garantiu a reeleição. Caso contrário, corre o risco de assistir a massa pró impeachment crescer desenfreadamente, sem que ninguém da esquerda esteja disposto a sair às ruas em defesa do governo petista. Essa é a visão do líder do MTST Guilherme Boulos.
Em entrevista publicada pelo Valor Econômico, nesta segunda-feira (6), Boulos sustenta que o lulismo já não é suficiente para segurar o desgaste enfrentado por Dilma nesse segundo mandato. Para o filósofo, cabe a Dilma decidir se vai retomar as bandeiras que sustentou durante a última disputa eleitoral e fazer ajustes econômicos que não comprometam os direitos dos trabalhadores, ou manter o Plano Levy.
"Se o governo insistir num caminho de aprofundar esse ajuste, de aprofundar as medidas impopulares, corre o risco de dar base social para iniciativas da direita, inclusive para o golpismo. Corre o risco de popularizar a bandeira do impeachment. A forma como tem que se combater esse processo é também combatendo esse ajuste fiscal. As manifestações tiveram um clima conservador. Não quer dizer que todos estavam lá eram de direita. Felizmente não. Mas teve um clima de anti-PT também e anti-movimento social, anti-greve, anti-organização popular, anti-direitos humanos. (...) Existe insatisfação social e um caldo social para que mude. É isso que o governo precisa compreender e recuar nesse ajuste", defende Boulos.
Para Boulos, a insatisfação com o governo Dilma está relacionada às medidas econômicas, e não propriamente à corrupção exposta nas investigações da Operação Lava Jato. "Nos últimos doze anos, a divulgação e a exploração midiática dos escândalos de corrupção foi frequente e não produziu quedas tão abruptas de popularidade. Dilma se elegeu com um discurso de aprofundar mudanças sociais, de não deixar uma política econômica neoliberal prevalecer. Assim que ganhou as eleições, fez o inverso. Foram três subidas consecutivas dos juros, uma declaração descabida sobre a abertura de capital da Caixa Econômica Federal, especularam a indicação do presidente do Bradesco para a Fazenda, teve o ajuste fiscal, programas sociais estão parados, ou seja, houve um sentimento de frustração popular, de traição em relação ao projeto eleito."
Lula está errado
Na visão de Boulos, "a política de conciliação [criada no governo Lula, para atender tanto os grandes bancos quanto os trabalhadores] não dá mais. Vai ter que cortar a fatia de alguém. Dilma preferiu cortar do lado de cá. Isso tem um preço. Manter a governabilidade na banca significa o risco de perdê-la nas ruas. (...) O lulismo, como modelo de conciliação, não funciona mais."
Frente de esquerda
Sobre a possibilidade de criar uma Frente de Esquerda para apoiar o governo Dilma, Boulos comenta que "é claro que a esquerda precisa dar uma resposta mais categórica, com unidade. Não é fácil porque há setores da esquerda que têm compromisso maior de fazer a defesa do governo e há outros que não, nos quais nós estamos. Mas ou a esquerda se unifica ou fenece. Não tem escolha. É preciso ter unidade para enfrentar o fortalecimento do conservadorismo."
A entrevista completa pode ser lida aqui.


                                                   Fonte:


ÚLTIMOS CONTEÚDOS GGN



Gostou? Compartilhe !!!

Deixe o seu comentário clicando no balãozinho no topo da postagem próximo ao titulo.


  Ir para a pagina inicial 



language,語,Sprache,язык,स्टॉक


Postar um comentário

0 Comentários