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Por Praveen Menon e Mirwais Harooni
CABUL (Reuters) - Milhões de afegãos foram às urnas no segundo turno das eleições neste sábado para eleger o sucessor do presidente Hamid Karzai, um teste decisivo para as ambições do país de transferir democraticamente o poder pela primeira vez na sua história tumultuada.
A maior parte dos soldados estrangeiros deixará o país até o fim de 2014 e quem assumir o lugar de Karzai vai herdar um país conturbado, atormentado pela insurgência do Taliban e uma economia prejudicada pela corrupção e pelo fraco estado de direito.
O segundo turno é disputado entre o antigo combatente anti-Taliban Abdullah Abdullah e o ex-economista do Banco Mundial Ashraf Ghani, depois que nenhum dos dois garantiu os 50 por cento dos votos necessários para uma vitória no primeiro turno, em 5 de abril.
A violência aumentou ao longo do dia, quando militantes lançaram centenas de ataques com foguetes, explosivos e armas de fogo, deixando, pelo menos, 20 civis mortos, assim como outros 11 policiais e 15 militares, disse o ministro do Interior.
Mas, os confrontos não impediram que milhões de eleitores comparecessem para votar, e os temidos e muito alardeados ataques não se materializaram. Em vez disso, a votação terminou às 16h (8h30 em Brasília) com uma palpável sensação de alívio, pelo menos na capital afegã.
“Sou desse país, portanto nunca tenho medo de ameaças”, disse Lajiullah Azizi, funcionário de um hospital que votou em Cabul, minutos depois de uma pequena bomba explodir no seu local de votação. “Espero que essa eleição traga a paz.”
As autoridades começaram imediatamente a apuração dos votos, embora a difícil geografia do Afeganistão, onde urnas precisam ser carregadas por animais em algumas das suas regiões mais remotas, signifique que os resultados preliminares não serão conhecidos até 2 de julho.
Karzai, que deixa o poder depois de 12 anos marcados por relações cada vez mais azedas com o Ocidente, certamente deverá continuar na política, mas tem feito silêncio sobre os seus planos.
“Hoje, o Afeganistão dá um passo no sentido da estabilidade, do desenvolvimento e da paz. Venham e determinem o seu destino”, disse Karzai, depois de depositar o seu voto.
Doze milhões de eleitores estavam aptos a votar em 6.365 seções eleitorais em todo o Afeganistão, desde os desertos varridos pelo vento, na fronteira do Irã, até as montanhas escarpadas Hindu Kush.
Apesar dos surtos de violência, os eleitores desafiaram as ameaças, e longas filas serpenteavam do lado de fora dos centros de votação, em áreas urbanas, logo depois que a votação começou, às 7h.
O comparecimento às urnas foi de mais de sete milhões de pessoas, disse a autoridade eleitoral Ahmad Yousuf Nuristani, mais ou menos o mesmo número que compareceu ao primeiro turno das eleições, em abril.
O comparecimento foi tão grande que em cerca de 333 centros de votação as cédulas acabaram, gerando alguns protestos de eleitores descontentes. A Comissão Eleitoral disse que materiais adicionais foram distribuídos posteriormente e a calma foi restaurada.
“A segurança é uma preocupação, mas o povo do Afeganistão desafiou as ameaças de segurança até agora”, disse Abdullah.
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