Polícia Militar alega que suspeito tentou golpear dois policiais com um estilete. Na fuga, ele tomou pelo menos dois tiros. Corregedoria investiga atuação dos policiais
Viatura é depredada na rua da Consolação (AFP)
Um homem de 22 anos levou pelo menos dois tiros de policiais militares durante o protesto "Não vai ter Copa" na noite deste sábado, em Higienópolis, na região central de São Paulo. Ele foi atingido no tórax e no pênis. O rapaz está internado em estado grave na Santa Casa de São Paulo. A atuação dos três policiais militares envolvidos vai ser investigado pela Corregedoria da Polícia Militar.
Os policiais militares registraram um boletim de ocorrência na 4ª Delegacia, na Consolação, em que ficam caracterizados os crimes de resistência, lesão corporal e desobediência.
Segundo a Secretaria Estadual de Segurança, o rapaz, identificado como Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, foi abordado por policiais militares na Rua da Consolação por volta das 22h30m. Ele estava acompanhado de um colega. Na averiguação, um policial alega ter encontrado um "artefato explosivo" e o jovem fugiu. A Secretaria de Segurança diz que o policial militar sofreu um "torsão no braço" durante a fuga.
Outros dois policiais militares tentaram conter o rapaz, que retirou um estilete da calça para atacá-los, de acordo com a Secretaria de Segurança. Os policiais atiraram, quando o jovem estava na Rua Sabará. Foi a própria Polícia Militar que efetuou o socorro para o hospital.
Fusca é incendiado durante protestos contra a Copa do Mundo, em São Paulo - Tiago Chiaravalloti/Futura Press/Folhapress
De acordo com a Santa Casa de São Paulo, a vítima corre risco de vida porque perdeu muito sangue. O rapaz teve um testículo removido.
O protesto contra a Copa do Mundo no Brasil terminou em confronto entre manifestantes e policiais, após serem registradas depredações de estabelecimentos comerciais e agências bancárias no centro de São Paulo. Houve início de incêndio e participação dos black blocs, que correram em direção aos PMs e lançaram até coquetel molotov. Segundo a Secretaria de Segurança, 135 pessoas foram detidas e liberadas na manhã deste domingo.
(com Estadão Conteúdo)
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