O governo da Coreia do Sul afirmou nesta quinta-feira que a Coreia do Norte movimentou mísseis de longo alcance para a costa leste do país, um dia após os Estados Unidos anunciarem que vão reforçar a base de Guam, ilha no oceano Pacífico.
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O movimento acontece em meio ao aumento da tensão entre o regime comunista, a Coreia do Sul e os EUA devido ao aumento das sanções da ONU em março por causa do lançamento de um foguete espacial em dezembro e do teste nuclear de fevereiro.
Os norte-coreanos ainda acusam os dois rivais de querer aumentar a tensão militar na região com exercícios militares anuais, que são realizados desde o início de março. Com o aumento das ameaças do país comunista, Washington enviou bombardeiros e reforçou sua defesa antimísseis no período de treinamento.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress | ||
No entanto, o foguete não poderia atingir Guam, para onde os Estados Unidos enviaram na quarta (3) uma bateria de mísseis de longo alcance. O poder de fogo dos norte-coreanos é desconhecido, mas analistas desconfiam de que o regime de Kim Jong-un seja capaz de atacar seus inimigos.
Segundo especialistas militares ouvidos pela agência de notícias Associated Press, a Coreia do Norte poderia causar estragos na Coreia do Sul e no Japão, mas não tem provas de que pode chegar a atacar Guam ou o Havaí. Outros dizem que os equipamentos são obsoletos e que não chegariam nem à Coreia do Sul.
Kim Kwan-jin afirmou que, apesar da retórica belicista, os militares sul-coreanos ainda não viram nenhum movimento considerável das tropas na região da zona desmilitarizada que separa os dois países, em armistício desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953).
O regime de Kim Jong-un ainda impediu pelo segundo dia seguido o acesso dos sul-coreanos ao complexo industrial conjunto de Kaesong, a 10 km da zona desmilitarizada. O país comunista ainda ameaçou retirar todos os seus 53 mil operários das fábricas.
Já a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, condenou a volta das atividades da usina de Yongbyon e lembrou que, caso o regime comunista o faça, voltará a violar resoluções da ONU que submetem o país a sanções econômicas e políticas.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia voltou a pedir a retomada das negociações de paz entre os norte-coreanos e as potências internacionais. Para Moscou, a negação de Pyongyang às sanções da ONU é "inaceitável e limita radicalmente as chances de negociações sobre o programa nuclear".
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