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Por Geremias do Couto
Cada vez mais fico encantado com o apóstolo Paulo! Ao regressar de sua Terceira Viagem Missionária, tinha proposto em seu coração retornar a Jerusalém, embora soubesse de antemão o que lhe aguardava. Desde sua despedida em Mileto, deixou explícito que o Espírito Santo já lhe tinha mostrado as muitas tribulações pelas quais passaria. Não estava, digamos, desprevenido. Creio que esse foi o período mais difícil de sua vida.
Paulo teve duas grandes oportunidades “de ouro” para tomar outro rumo e desviar-se do furor que lhe esperava. A primeira foi em Cesareia – a marítima – na casa de Filipe, onde Ágabo, com a metáfora do cinto, profetizou sobre o que os judeus fariam com o apóstolo quando lá chegasse. Todos insistiram com veemência em que não prosseguisse viagem. Era uma oportunidade e tanta de escapar e fugir para bem longe! Mas Paulo não retrocedeu um milímetro e ainda reclamou da insistência. Ele já estava pronto, “não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus”, Atos 21.13.
A outra oportunidade foi de novo na mesma Cesareia, agora já em trânsito para Roma, depois dos tumultos de Jerusalém. Prisioneiro do governador Félix, no Palácio de Herodes, onde ficou por cerca de dois anos, este o chamou várias vezes para “conversar”, esperando receber de Paulo algum suborno para soltá-lo, Atos 24.24-26. Abro um parêntesis apenas para dizer que “propina” no meio dos governantes não é algo assim tão recente na história.
Era a hora da virada! Se o seu coração fosse venal e movido por outros interesses, Paulo poderia negociar um “documento de alforria” com o governador, dar-lhe “por fora” o valor pretendido, para, então, tomar o rumo das últimas fronteiras do império romano e fugir do mapa. Suponho que em ambas as situações, na mesma Cesareia, houvesse os que buzinassem em seus ouvidos: “Aproveite. Não é todo o dia que isso acontece! Você não vai perder essa!”
Todavia, Paulo, mais uma vez, não foi desobediente à visão celestial! Importava-lhe obedecer a Deus!
Olhando a situação do ponto de vista humano, dali para a frente, até a morte de Paulo, tivemos apenas um prisioneiro, provavelmente visto por muitos como alguém fracassado. Mas esse foi o caminho de Deus para que grandes coisas ainda acontecessem através do seu ministério. De Roma escreveu quatro grandes cartas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom, onde o regozijo por ser um preso do Senhor é a tônica de todas, principalmente da que foi destinada aos irmãos em Filipos. Em Roma as portas de sua casa permaneceram abertas para a proclamação do Reino de Deus, alcançando, inclusive, os da casa de César, Atos 28.30,31; Filipenses 4.22.
Volto a afirmar que Paulo me encanta por ensinar-me que a atitude correta sempre será optar pelo caminho mais difícil em obediência a Deus do que pelo caminho das facilidades, que pode agradar aos homens, mas levar-nos para bem longe do que Deus quer para cada um de nós.
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Geremias do Couto é pastor e escreve em seu blog pessoal.

Do Blog Pulpito Cristão

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