Os principais fabricantes de aplicativos de segurança já deram o primeiro passo, lançando produtos especiais para dispositivos móveis com conexão à internet. A magnitude do problema em torno do mundo empresarial é importante, mas de acordo com o número de usuários, é vital compreender que desde o momento em que geramos qualquer dado digital, o telefone pode ser atacado por um vírus.
Na América Latina também é preciso ter cuidado “porque se no passado os criadores dos ‘'malware'’ para as plataformas móveis se concentravam em países como China e Europa Ocidental, hoje em dia já estão infectando os celulares e acessando dados econômicos pessoais”, explica em uma entrevista Abelino Ochoa, gerente geral para América Latina da empresa de segurança em informática “Kaspersky Lab”.
O responsável de segurança da Nokia Siemens Networks na Espanha, Jorge Hermosillo, afirma que frente aos 89% de usuários que protegem seus computadores pessoais, apenas 23% dos donos de “smartphones” e tablets se preocupam com a segurança.
O certo é que os mesmos códigos binários que infectam os computadores, também infectam os sistemas operacionais dos “smartphones”, e os riscos vão crescer em 2013, segundo um informe anual da McAfee.
Troianos contra extraterrestres
O Android é o sistema mais utilizado do mercado, mas já foi objeto de vários ataques disfarçados. Isso fez com que a multinacional de segurança de informática Kaspersky tenha criado um sistema de proteção que defende o aparelho.
O primeiro vírus que atingiu o Android foi detectado em 2010, com o lançamento de um aplicativo falso com o impronunciável nome de “trojam-SMS.AndroidOS.FakePlayer.b”.
Os efeitos do vírus estavam nos bolsos dos proprietários do celular, que não sabiam que estavam enviado mensagens de textos a números “premium”, que tem um preço de cerca de 5 euros cada um, dinheiro que era embolsado pelo hacker criador do software.
Os telefones inteligentes só podem ser infectados por vírus com a intervenção do usuário, que deve aceitar a aplicação, para qual a empresa de segurança adverte os usuários que devem ter cuidado com as autorizações pedidas pelas aplicações ao serem instaladas no celular.
“Basicamente, o risco é perder dinheiro. O esquema criminoso é simples, mas eficaz: Infecta o aparelho, começa a enviar mensagens de textos a números de alto custo até acabar com o saldo da vítima ou a cota de crédito mensal.
Para que a maçã não apodreça
Os sistemas operacionais da Apple também têm que evitar que sua maçã seja envenenada, mas não podem utilizar a proteção do Windows, já que necessita de um programa do sistema iOs para que funcione no iPhone e no iPad. Apesar de já existirem aplicações de antivírus, a marca recomenda utilizar com eficácia as próprias ferramentas de proteção que os dispositivos têm e que os usuários não empregam por falta de hábitos.
Ações simples como atualizar o sistema operacional e as aplicações baixadas ajudam a manter o aparato limpo e, naturalmente, entre as recomendações inclui a de não baixar programas que não estão na AppleStore.
A Apple inclui de série um sistema anti roubo e desde o “iCloud” (depósito de conteúdo integrado no novo iOS dispositivos), é possível bloquear o aparelho, apagar os dados, buscá-lo e inclusive fazer que emita um som estridente para descobrir o ladrão.
Kaspesky dá esta possibilidade a outros sistemas, tais como Android ou Blackberry. “Na América Latina, lamentavelmente, há muitos roubos físicos de celulares. Quando não há antivírus instalado, a vítima, ao ter o aparelho extraviado por roubo, perde o aparelho como todos seus dados. Mas um vírus
Amoras com pulgão
Os BlackBerries tão pouco se livram do denominado “malware” da rede. Em agosto deste ano, uma aplicação escondida sob o nome “Aplicação de Segurança” ou “atualizações de certificados” infectava os aparelhos.
Aqueles que não confiam em compras online e na segurança de suas contas bancárias na rede, têm motivos, poque mesmo as soluções informáticas para blindar as ações dos ciberpiratas correm riscos.
“Estes antivírus são muito levianos e são otimizados para não gastar os recursos do celular. Eles possuem outras funções interessantes como bloquear mensagens de texto ou chamadas de certos números” e no caso de Kaspersky Lab permite tirar fotos de forma oculta do criminoso que roubou o telefone.
O vírus, às vezes denominado como seus análogos Zeus e Zitmo, está desde 2010 interferindo nas operações bancárias online dos usuários, e atacou pela última vez no verão passado (no hemisfério norte).
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