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Esta foto mostra militares durante o desfile militar comemorando os 105 anos de nascimento de Kim Il-sung

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Para analista, em caso de verdadeiro conflito bélico, Pyongyang 'não duraria nem 24 horas'

Esta foto mostra militares durante o desfile militar comemorando os 105 anos de nascimento de Kim Il-sung
© Sputnik/ Ilia Pitalev

Em uma entrevista ao RT, Santiago Castillo, jornalista especializado no Nordeste Asiático, falou sobre as recentes tensões na península coreana e analisou a hipótese de um verdadeiro conflito aberto entre as partes.
O jornalista e diretor da edição digital AsiaNorthEast, Santiago Castillo, que também trabalhou como correspondente da EFE na Coreia do Norte, falou com o RT sobre a possibilidade de uma nova escalada em torno da península da Coreia.
"Não vai haver nenhuma guerra nuclear. Há uma autêntica exageração no Ocidente sobre o que se passa na Coreia do Norte que se deve, em alguma parte, a um grande desconhecimento. A Coreia do Norte não está em condições de atacar ninguém, por muito desenvolvimento nuclear que tenha", afirmou.
O especialista ressaltou que os constantes lançamentos de mísseis por parte da Coreia do Norte são apenas uma medida para consumo interno e manter a própria sobrevivência do regime e do líder Kim Jong-un, mas "estamos muito longe de uma guerra nuclear".
"Ou seja, se a Coreia do Norte atacasse agora mesmo seus inimigos de sempre, e estes, como ela diz, são os EUA e a Coreia do Sul, se se mantivesse esse conflito bélico a Coreia do Norte não duraria nem 24 horas, já que não tem infraestrutura suficiente para isso. Tem Forças Armadas que, em geral, são muito obsoletas", argumentou Castillo.
Além disso, o analista assinalou que a possibilidade de os próprios EUA, e muito mais a Coreia do Sul, atacarem primeiro é extremamente baixa, mesmo com Donald Trump que é "imprevisível em tudo".
A razão para isso, na opinião do especialista, é que Pyongyang, antes de ser "destruído pelos EUA", ou seja, já após o lançamento de um míssil, terá tempo suficiente para efetuar um ataque contra Seul (que está a 50 km) ou contra Tóquio, causando um número enorme de vítimas. Evidentemente, ninguém quer arriscar isso.
Entretanto, ele realçou que, embora nunca haja uma verdadeira guerra nuclear, o pior é que, com o constante desenvolvimento nuclear norte-coreano, se está alimentando a instabilidade na zona, sendo que esta se arrasta deste que a península ficou dividida em 1948.
Na opinião de Castillo, a única maneira de solucionar a crise é voltar às suspendidas negociações entre as seis partes — EUA, Japão, China, Rússia e as duas Coreias.
Respondendo à questão por que estas conversações pararam em 2008, o especialista frisou que "tudo o que suponha uma certa normalidade, uma certa calma, não interessa ao regime nuclear", e Pyongyang "está permanentemente em estado bélico".
Entretanto, ele ressaltou que na Coreia do Sul hoje em dia há um novo presidente que ofereceu a Pyongyang condições novas neste campo, mas Kim Jong-un nem respondeu à proposta.
"A China, por sua vez, insistiu que deve abandonar o tema nuclear e se focar em outros temas como o reconhecimento diplomático, o petróleo e outros pontos para basicamente resolver sua falta de energia e de ajuda humanitária. Porém, isto não interessa à Coreia do Norte. E eu acredito que aqui, se houver mais pressão por parte da China e outros países para regressar às negociações entre seis partes, talvez seja um bom início", resumiu.

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