Header Ads Widget





NMD

Fonte:

Grupo do PMDB lança movimento contra 'os que estão achincalhando o país'
NMD pretende levar o partido a um "reposicionamento diante da incoerência atual à sua história", diz dirigente. "Quem estiver incomodado com o direito de se organizar é quem tem que sair"


por Eduardo Maretti, da RBA



SITE DO NMD
NMD
Reunião para formulação de Carta de Princípios do grupo: ideia é "criar um projeto de desenvolvimento nacional"

São Paulo – Um grupo do PMDB formado em outubro 2016, em Curitiba, por profissionais liberais, empresários, estudantes, intelectuais, trabalhadores, líderes comunitários, servidores públicos e educadores, lançou um movimento denominado Novo Movimento Democrático (NMD) propondo o resgate do PMDB (ou MDB) histórico, reforma eleitoral e uma "nova cultura política".
O grupo defende uma reforma política, defesa intransigente da democracia, combate à corrupção, oxigenação interna dos partidos políticos, tolerância entre as pessoas e participação social e defesa de "um projeto sólido de desenvolvimento nacional". Segundo Carlos Lima, chefe de gabinete da vereadora curitibana Noemia Rocha e coordenador  do movimento, a ideia é "levar a um reposicionamento do PMDB diante da incoerência atual à sua história".
O NMD defende, no manifesto, a necessidade de "criar um projeto de desenvolvimento nacional que seja nosso eixo estruturante". Afirma que "os que estão achincalhando nosso país e usurpando nossos recursos não querem que o Brasil seja uma nação verdadeiramente soberana para continuarem a nos assaltar".
Lima diz que o trecho do manifesto não é necessariamente uma referência a Michel Temer, "mas a qualquer um que assumir a dilapidação do patrimônio brasileiro". "Evitamos fulanizar o processo", diz.
Mas como é possível defender democracia e conviver na mesma legenda com Michel Temer, o presidente da República e cacique do partido que assumiu o posto a partir de um golpe parlamentar, segundo diz parcela importante da mídia internacional? "Essa é uma pergunta para eles. Nós estamos exercendo o direito democrático de expressar opinião dentro do partido. O PMDB sempre foi livre para convergir ou divergir, é da democracia partidária. Quem estiver incomodado com o direito de se organizar é quem tem que sair, e não quem exerce a democracia", afirma Lima.
"O que não dá mais é para os partidos serem de coronéis em Brasília ou de coronéis nos estados, não refletindo nossa tradição e o anseio de militantes e filiados. Se alguém faz coisa errada com o PMDB, foi quem levou o partido às manchetes através de corrupção, uso indevido do poder, sem discussão partidária e democrática", diz o dirigente. Segundo ele, o NMD se dirige mais à militância e filiados do que a deputados em Brasília.
O fato de o movimento ter nascido na capital do Paraná é "uma ironia no bom sentido". "A gente quer que a Lava Jato seja efetiva em Curitiba também. Só existe um juiz federal? Onde estão os outros juízes de Curitiba, os outros promotores federais do Paraná? Se é Curitiba da Lava Jato, vamos começar a lavar as nossas sujeiras internas, verificar por que o governador (Beto Richa, PSDB) está metido nessas questões junto com Aécio Neves, com (Geraldo) Alckmin e não temos desdobramentos em Curitiba", questiona.
Segundo matéria do portal G1 de março de 2016, a Polícia Federal encontrou, na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Junior, planilhas da empresa mostrando doações a mais de 200 políticos de 24 partidos, entre os quais os governadores do Paraná, Beto Richa, e de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Ao defender, no manifesto, uma "reação popular à altura para garantir o desenvolvimento do país e combater com dureza e eficiência a corrupção", Carlos Lima diz que a proposta não passa necessariamente por Diretas Já. "Nossa posição é pelo cumprimento da legalidade e do estado democrático de direito."
Ele diz que, pessoalmente, acredita que o movimento que pede eleições diretas é um assunto que precisa ser muito bem debatido "para não ser mais um remendo do processo". "Precisamos discutir a reforma política eleitoral, que tem que preceder as Diretas Já. Não adianta fazer diretas sem uma estrutura política,  partidária e eleitoral definida pra haver um jogo permanente. Se for pra fazer diretas já pra contemplar A ou B vai ser mais do mesmo", avalia.

MAiS NOTÍCIAS em RBA)))
Imprensa internacional repercute carta de diplomatas contra truculência de Temer
SP pelas Diretas Já: organização desmente afastamento de partidos e movimentos sociais
Mídia Ninja lança série de vídeos para lembrar dia internacional da prostituta
Depois de mandar proposta de reforma, governo instala Conselho do Trabalho
Grupo do PMDB lança movimento contra 'os que estão achincalhando o país'

Postar um comentário

0 Comentários