Fonte:
Estado Islâmico reivindica
ataques que fizeram pelo menos 12 mortos no Irão
Ataques quase em simultâneo
no parlamento e no Mausoléu de Khomeini
Homens armados atacaram esta quarta-feira o
parlamento do Irão e, quase em simultâneo, um bombista fez-se explodir no
Mausoléu de Khomeini, em Teerão. Pelo menos 12 pessoas terão morrido e 369
ficaram feridas, informa a AFP, no último balanço conhecido do duplo atentado.
Quatro atacantes terão sido abatidos.
O Ministério dos Serviços Secretos iraniano
informou entretanto que as forças de segurança detiveram uma "equipa
terrorista" que planeava um terceiro ataque, sem acrescentar pormenores.
O Estado Islâmico reivindicou entretanto o ataque,
numa declaração divulgada pela Amaq, a agência de propaganda do grupo
terrorista. A confirmar-se, seria o primeiro atentado do Estado Islâmico,
radical sunita, no país muçulmano maioritariamente xiita.
Os ataques, que tiveram como alvo o parlamento e o
mausoléu do fundador da república do Irão, o Ayatollah Khomeini, aconteceram
menos de um mês depois da reeleição do moderado presidente Hassan Rouhani.
Ataques com poucos minutos de intervalo
Três atacantes, um com uma pistola e dois com metralhadoras
Ak-47, atacaram o edifício do parlamento no centro de Teerão, disse à televisão
estatal o deputado Elias Hazrati.
A estação pública iraniana reportou ainda que um
dos agressores detonou um colete de explosivos, ainda que outras agências de
notícias refiram que a explosão pode ter sido causada por granadas detonadas
pelos presumíveis terroristas.
Nesta altura, há relatos não confirmados de que os
atacantes fizeram quatro reféns dentro do parlamento. Cerca de meia hora depois
do ataque no parlamento, um grupo armado abriu fogo no mausoléu, a poucos
quilómetros do sul de Teerão. Um atacante detonou um colete suicida e um outro
foi morto pelas forças de segurança, informou o governador de Teerão. "O
ambiente é tenso. É um golpe para Rouhani. Como podem quatro homens armados ter
entrado no parlamento, onde sempre houve segurança apertada", disse um
oficial do governo, sob anonimato.
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