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Putin defende genro de Trump e nega interferência nas eleições





Vladimir Putin e o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, estiveram ontem no Ártico, onde visitaram um glaciar 


Russo mostrou-se disponível para se encontrar com o presidente americano e para o ajudar na luta contra o terrorismo, esperando que a situação entre os dois países se normalize


O presidente russo descreveu ontem as alegações de que o seu país interferiu nas eleições presidenciais norte-americanas como acusações "fictícias, enganosas, provocações e mentiras". Questionado diretamente sobre o assunto, respondeu: "Leiam os meus lábios: não". Estas declarações de Vladimir Putin são as mais enfáticas que já fez desde que estas suspeitas vieram a público e as primeiras que faz desde que Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos, a 20 de janeiro.

Tanto o Senado como a Câmara dos Representantes, através das suas comissões de inteligência, estão a investigar as alegadas interferências da Rússia nas eleições presidenciais de novembro, mas também as possíveis ligações entre cidadãos russos e elementos da campanha de Trump.

Um desses elementos é Jared Kushner, o genro do presidente, que se encontrou o presidente do banco VneshEconomBank, alvo de sanções dos EUA. Tema que Putin abordou, sem mencionar nomes.

"Foram agora levantadas algumas questões relativas a encontros com os nossos banqueiros. Mas os banqueiros americanos vêm à Rússia para não falar connosco, certo? Incluindo com os nossos oficiais. Como é que eles, de outra maneira, conseguem trabalhar? Claro que têm reuniões", afirmou o presidente russo, falando numa conferência sobre o Ártico na cidade portuária russa de Arkhangelsk.

Putin deixou ainda um aviso: "O que queremos? Romper a relação diplomática? Forçar a situação ao ponto da crise dos mísseis cubanos? E o que virá a seguir?". "Pessoas que se comportam de forma tão imprudente, para onde nos levam? Incluindo o povo dos EUA. Penso que é um grande erro e espero que a situação se normalize, e quanto mais depressa melhor", reforçou o líder russo.

Num tom mais ameno, Vladimir Putin mostrou-se disponível para um encontro com Donald Trump na Cimeira do Ártico na Finlândia. "Esse tipo de encontros deve ser preparado por ambas as partes. Se acontecer, ficaríamos encantados por participar", disse. E acrescentou estar disposto a apoiar o presidente dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo. Assuntos que discutirá na próxima semana com o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, em Moscovo.
Curdos e Gülen
Tillerson reconheceu ontem que Washington enfrenta escolhas difíceis na luta contra o Estado Islâmico na Síria, mas minimizou as diferenças com a Turquia no que diz respeito às milícias curdas.

Falando depois de um encontro em Ancara com o presidente Recep Tayyip Erdogan e vários elementos do governo turco, Tillerson deixou porém claro que os dois países estão determinados em derrotar o Estado Islâmico. Erdogan tem criticado de forma dura os Estados Unidos pelo seu apoio à milícia curda síria do YPG, vista pelo Pentágono como um aliado fiável, mas pela Turquia como uma força hostil ligada aos curdos turcos do PKK.

"O que discutimos hoje são opções que estão disponíveis para nós. São opções difíceis. Deixem-me ser franco, não é fácil, são escolhas difíceis que têm de ser feitas", declarou Tillerson numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo turco, Mevlut Cavusoglu.


Na agenda esteve também outro foco de tensão entre os dois países: o exílio nos EUA de Fethullah Gülen, clérigo turco que Ancara diz ser o mentor da tentativa de golpe de Estado de julho e quer ver extraditado. Cavusoglu disse esperar que Washington tome medidas concretas para a extradição de Gülen, incluindo a sua detenção temporária.










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