AFP/Arquivos / Kena Betancur
O Conselho de Segurança da
ONU vai votar nesta terça-feira (28) um projeto de resolução que impõe sanções
contra a Síria pelo uso de armas químicas - disseram diplomatas.
A Rússia
prometeu usar seu poder de veto para bloquear essa medida, como fez em outras
seis ocasiões para proteger seu aliado Damasco.
A votação
está marcada para as 11h30 (13h30 de Brasília).
A proposta de resolução elaborada por Estados Unidos, Reino Unido
e França puniria com sanções 11 cidadãos sírios e dez entidades ligadas a
ataques químicos durante os quase seis anos de guerra.
Entre os afetados pelas sanções, estão o chefe da Inteligência da
Força Aérea, general Jamil Hassan, e o comandante de operações da Força Aérea
durante os ataques com armas químicas, general Saji Jamil Darwish.
Também proibiria a venda, o fornecimento, ou a transferência de
helicópteros e de materiais relacionados aos ataques, incluindo peças de
reposição, às Forças Armadas sírias, ou ao governo.
As propostas foram feitas após uma investigação liderada pela ONU
que concluiu, em outubro passado, que a Força Aérea síria havia lançado bombas
de cloro de helicópteros em áreas controladas por rebeldes em 2014 e 2015.
O painel conjunto das Nações Unidas e da Organização para a
Proibição de Armas Químicas (Opaq) também descobriu que os extremistas do
Estado Islâmico usaram gás de mostarda em um ataque em 2015.
O embaixador adjunto russo, Vladimir Safronkov, disse na
sexta-feira que Moscou vetará a medida, por ser "unilateral" e
baseada em "provas insuficientes".
O governo sírio nega ter usado armas químicas na guerra, que
deixou 310 mil mortos desde março de 2011.
Esta serão a primeira votação de peso para o governo de Donald
Trump. Sua embaixadora na organização, Nikki Haley, estava em Washington, nesta
segunda-feira (127), para se reunir com Trump e com o vice-presidente Mike
Pence durante um almoço que teria a Política Externa como centro das
discussões.
"Quanto tempo mais a Rússia continuará protegendo e
desculpando o regime sírio?", disse Haley na última sexta-feira (24), após
a reunião do Conselho de Segurança a portas fechadas para discutir o uso de
armas químicas na Síria.
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