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Então governador de Minas, ele definiu quais empresas participariam de obras para construção de sede administrativa, mediante pagamento de propina

© Reuters
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), como governador de Minas Gerais, montou esquema de fraude em licitação para beneficiar grandes empreiteiras durante a construção da Cidade Administrativa, sede do governo, um projeto arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer e que custou R$ 2,1 bilhões em valores da época. As afirmações são do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior, feitas durante delação premiada à Operação Lava Jato.

De acordo com Benedicto, primeiro houve uma reunião com Aécio, que o orientou a procurar Oswaldo Borges da Costa Filho, conhecido como Oswaldinho, que é um colaborador das campanhas do tucano. Seria ele o responsável por definir o percentual de propina a ser pago pelas empresas, todas escolhidas pelo próprio Aécio. Ainda de acordo com o delator, esses valores ficaram entre 2,5% e 3% sobre o total dos contratos. 
Oswaldo Borges da Costa Filho também acertaria a forma como seriam feitos os pagamentos.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, Aécio Neves repudiou as afirmações e defendeu o fim do sigilo sobre as delações "para que todo conteúdo seja de conhecimento público".
Obra mais cara do governo de Aécio à frente de Minas Gerais, a Cidade Administrativa foi inaugurada em 2010, último ano do tucano como governador.
O ex-diretor da Odebrecht em Minas Sergio Neves, segundo investigadores da Lava Jato, confirmou as informações repassadas por Benedicto. Sergio Neves aparece nas investigações como responsável por operacionalizar os repasses a Oswaldinho e é ele quem detalha, na delação, os pagamentos a Aécio.

Fonte:
 








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