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Militares afirmam ter recapturado toda a cidade das mãos dos rebeldes, marcando a maior vitória do governo Assad na guerra civil. Evacuação do leste de Aleppo chega ao fim.

Syrien Aleppo Ruine Carlton Hotel (Reuters/O. Sanadiki)

O Exército sírio anunciou nesta quinta-feira (22/12) a retomada completa de Aleppo e o fim da evacuação de áreas da cidade que eram controladas por rebeldes. Trata-se da maior vitória do regime de Bashar al-Assad nos quase seis anos de guerra civil.
"Graças ao sangue de nossos mártires e ao sacrifício de nossas Forças Armadas corajosas e das forças aliadas, o comando geral das Forças Armadas anuncia o retorno da segurança a Aleppo, depois de libertá-la do terrorismo e de terroristas e da partida daqueles que ainda estavam lá", disseram os militares em comunicado.

O anúncio foi feito logo após a emissora de televisão estatal síria reportar a partida do último comboio que retirava civis e insurgentes do leste da cidade. O fim da evacuação foi confirmado também por rebeldes e pela ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A Cruz Vermelha disse que mais de 4 mil insurgentes deixaram a cidade na última fase da evacuação.  Pelo menos 34 mil pessoas, incluindo civis e combatentes, foram retirados de Aleppo na operação, que durou cerca de uma semana em meio ao frio intenso.

"O processo de evacuação foi traumático, com pessoas vulneráveis esperando por horas e expostas a temperaturas negativas", descreveu o porta-voz da ONU, Farhan Haq.
As Nações Unidas alertaram ainda que muitas das pessoas que deixaram a cidade podem enfrentar o mesmo destino nas regiões para onde foram transferidas. "Muitos foram para Idlib, que na teoria pode ser a próxima Aleppo", disse o enviado especial da ONU à Síria, Staffan de Mistura.

Ele destacou que o fim das hostilidades entre o governo e rebeldes é essencial para evitar batalhas sangrentas como as que ocorreram em Aleppo.
Guerra longe do fim
Assad declarou que a guerra está longe de acabar e que as forças de segurança lançarão ofensivas nas regiões onde restam insurgentes. O presidente sírio compartilhou nesta quinta-feira a vitória com seus aliados: a Rússia e o Irã. A Força Aérea russa realizou centenas de bombardeios nas áreas de Aleppo que eram controladas pelos rebeldes, enquanto milícias apoiadas pelo Irã e lideradas pelo grupo libanês Hisbolá enviaram milhares de combatentes à cidade.

Aleppo estava divida desde 2012, quando grupos rebeldes assumiram o controle de áreas no leste da cidade. A retirada de civis e insurgentes foi acordada entre governo e combatentes da oposição depois de uma longa ofensiva militar, na qual o regime já havia recuperado mais de 90% das áreas conquistadas por insurgentes.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que a guerra no país deixou mais de 312 mil mortos desde março de 2011, incluindo 90 mil civis, entre os quais 16 mil crianças.

O número de mortos inclui mais de 53 mil rebeldes e cerca de 110 mil combatentes pró-regime, entre forças do governo e milicianos, também estrangeiros. A ONG disse ainda que 55 mil jihadistas foram mortos em combates.



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