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O polícia integrou o dispositivo de segurança de Recep Tayyip Erdogan por oito vezes desde a tentativa de golpe de Estado
O jovem
polícia que matou o embaixador russo em Ancara fez parte por oito vezes do
dispositivo de segurança do Presidente Recep Tayyip Erdogan desde julho, de
acordo com a comunicação social turca.
Mevlüt Mert
Altintas, um polícia de 22 anos, matou na passada segunda-feira em frente às
câmaras com nove disparos de arma ligeira o embaixador da Rússia em Ancara,
Andrei Karlov, antes de ser abatido.
De acordo
com uma notícia do diário turco Hürriyet, o jovem polícia, agente das brigadas
especiais da polícia anti-motim em Ancara desde há dois anos e meio, foi membro
do dispositivo de proteção do Presidente turco por oito vezes desde a tentativa
de golpe de Estado em julho último.
"Ele
foi membro da equipa que garante a segurança do Presidente mesmo por detrás dos
guarda-costas", noticia o Hürriyet, citado pela agência France Presse.
Depois de
cravejar de balas o embaixador, Mevlüt Mert Altintas gritou "Alá é
grande" e afirmou agir para vingar a cidade síria de Alepo, em vias de ser
totalmente tomada pelas forças do regime sírio com o apoio das forças armadas
russas.
Não obstante
o homicida ter ligado o seu ato à situação na Síria, o chefe da diplomacia
turca afirmou ao seu homólogo norte-americano que Moscovo e Ancara sabem que a
rede do clérigo Fethullah Güllen está por detrás da morte.
De acordo
com a agência de notícias turca, Anadolu, que cita fontes diplomáticas, Mevlüt
Çavusoglu afirmou a John Kerry que "a Turquia e a Rússia sabem que por
detrás do ataque (...) está a FETO", acrónimo que designa a organização do
clérigo exilado nos Estados Unidos, que Ancara acusa de ser o mentor da
tentativa de golpe de Estado fracassada.
Güllen --
que sempre negou esta acusação -- manifestou-se "chocado e profundamente
triste" com o homicídio do embaixador.
De acordo
com a comunicação social turca, a polícia tem atualmente 13 pessoas sob
detenção ou residência vigiada, entre as quais várias pessoas próximas do
atirador.
A Turquia
aceitou, de forma insólita, a participação na investigação de 18 investigadores
russos enviados por Moscovo e que participaram na autópsia do corpo de Andrei
Karlov, repatriado na terça-feira para Moscovo.
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