Fernanda Cruz – Repórter da
Agência Brasil
Os
testes clínicos com a fosfoetanolamina sintética para tratamento do
câncer começam hoje (25) na capital paulista. Nesta primeira fase,
dez pacientes receberão a medicação, conhecida como pílula do
câncer, e serão monitorados por uma equipe multiprofissional do
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
Posteriormente,
serão testados mais 21 pacientes para dez tipos de tumores: cabeça
e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto, colo uterino, próstata,
melanoma, pâncreas, estômago e fígado. Se os resultados se
mostrarem positivos, serão incluídos novos pacientes, até o limite
máximo de mil pessoas.
Os
testes foram aprovados na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa,
do Ministério da Saúde. A Fundação para o Remédio Popular
(Furp), laboratório oficial da secretaria de Saúde do estado,
forneceu as cápsulas da substância para realização da pesquisa.
Segundo
a Secretaria de Saúde, o pesquisador aposentado da Universidade de
São Paulo (USP) de São Carlos Gilberto Chierice vai acompanhar todo
o processo.
A
fosfoetanolamina sintética foi estudada por Chierice, enquanto ele
ainda estava ligado ao Grupo de Química Analítica e Tecnologia de
Polímeros da universidade. Algumas pessoas tiveram acesso às
cápsulas contendo a substância, produzidas pelo professor, que
usaram como medicamento contra o câncer.
Em
2014, a USP proibiu a produção de qualquer tipo de substância que
não tivesse registro, caso das fosfoetanolamina sintética.
Pacientes que faziam uso do medicamento e disseram notar melhora no
quadro de saúde recorrem à Justiça e ganharam o direito de acesso
à droga.
Edição: Denise
Griesinger
Fonte:
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