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Publicado por CdB


Cunha está sob forte pressão, diante da possível escolha de um nome “hostil” para a Presidência da Câmara

Por Redação – de Brasília
A noite insone, após a renúncia no final da tarde passada, levou o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) agravou o estado emocional do ex-presidente da Câmara e, nesta manhã, conversou com os poucos aliados que lhe restaram sobre uma possível delação premiada, caso seja pedida a sua prisão preventiva, conforme processo em tramitação no Supremo Tribunal Federal. Deputado da base de Cunha, ouvido pela reportagem do Correio do Brasil, avalia como “bastante possível que ele faça um acordo com a Justiça”, na tentativa de evitar o encarceramento dele, da mulher, Cláudia Cruz, e da filha, Danielle.
Cunha, ao ler a carta de renúncia, simula o choro quando cita a mulher e a filha
Cunha, ao ler a carta de renúncia, simula o choro quando cita a mulher e a filha
Cunha está sob forte pressão, diante da possível escolha de um nome “hostil” a Cunha na Presidência da Câmara. Os nome que ele considera viáveis, caso não haja consenso em torno de Rogério Rosso (PSD/DF), podem lançar Osmar Terra (PMDB/RS), Sérgio Souza (PMDB/PR) ou Carlos Marun (PMDB/MS). Rosso, no entanto, embora tenha tentado se desvincular ao líder, em queda, é alvo de rejeição por parte dos parlamentares.
— Rosso conta com o apoio da base aliada a Cunha, mas larga em desvantagem por seu evidente alinhamento com o ex-presidente da Casa — afirmou o deputado.

Delação anunciada

Conforme o Correio do Brasil noticiou, na edição do último dia 6 de Maio deste ano, citando fonte, o parlamentar teria dito aos parlamentares que o visitaram, logo após a aprovação do relatório que admite a cassação do mandato, que a renúncia havia entrado, definitivamente, no seu vocabulário. “Sem entregar os pontos, Cunha afirma, para o público externo, que buscará esgotar todos os recursos possíveis junto à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), etapa que antecede a votação pela perda do mandato, no Plenário da Câmara”, acrescenta o texto da reportagem.
Durante os dias seguintes, o deputado afastado já havia circulado rumores de sua ameaça aos pares que pretendem votar contra ele no Plenário. Caso se confirme a cassação do mandato e o envio de seus processos para a Vara do juiz Sergio Moro, no Paraná, o líder peemedebista em queda levaria para o vinagre outros 150 deputados, um senador, mais um ministro e o próprio presidente de facto, Michel Temer.


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