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mediaObras realizadas no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos estão em atraso, ressalta jornal Le Monde deste sábado (23).REUTERS/Ricardo Moraes
Na edição que chegou às bancas neste sábado (23), o jornal Le Mondepublica um mapa das transformações da cidade do Rio de Janeiro com as obras realizadas para os Jogos Olímpicos. Segundo o diário, as reformas modificaram a cara da cidade "sem resolver as desigualdades”.
A matéria assinada pela correspondente do Le Monde no Brasil, Claire Gatinois, diz que o Rio de Janeiro é o espelho das desigualdades e dos desafios enfrentados pelo país neste momento: urbanização caótica, falta de infraestrutura e transporte público, além da insegurança e da poluição.
Le Monde reproduz uma declaração do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), dizendo que acredita por todos esses “desafios” a cidade foi escolhida para sediar o evento.
Oportunidade para transformar o Rio de Janeiro
Gatinois lembra que, dentro de pouco mais de cem dias, a “Cidade Maravilhosa” receberá os Jogos Olímpicos. A competição é, segundo ela, uma oportunidade de realizar grandes obras para a transformação do Rio de Janeiro.
A prefeitura ostenta a zona portuária como o símbolo da “revitalização” da cidade. “Escondida por um viaduto de quatro vias ao longo do porto e que atravessava o norte da cidade, essa área onde poucos cariocas se aventuravam se tornou um local de passeio familiar, enriquecido pelo espetacular Museu do Amanhã, do arquiteto Santiago Calatrava”, escreve a correspondente.
Obras também foram lançadas para melhorar os transportes, ressalta. O Estado do Rio investiu na construção de bondes e de uma linha de metrô de 16 quilômetros que liga o longínquo bairro da Barra de Tijuca, no oeste, ao centro da cidade, em um pouco mais de uma meia hora. O jornal lembra que o trajeto, se feito por ônibus, demora duas horas e meia.
Le Monde reproduz outra declaração de Eduardo Paes, que diz que as classes populares “que utilizam ônibus”, é que vão se beneficiar destas mudanças. “Com os Jogos Olímpicos, não fingimos acabar com as desigualdades, mas podemos reduzi-las”, disse o prefeito do Rio.
Rio tem "ares de cidade falida"
Mas nem tudo são flores. A jornalista escreve que a realidade econômica e política contraria as ambições da cidade. “Afetado pela queda dos preços do petróleo, o Estado do Rio está cravejado de dívidas e sua capital toma ares de cidade falida”, publica.
Além disso, escreve o jornal, a construção do metrô está atrasada, como a maior parte das obras para as Olimpíadas. Entre as empresas envolvidas na organização dos Jogos Olímpicos, ressalta Le Monde, está a Odebrecht, cujo presidente, Marcelo Odebrecht, foi condenado em março a 19 anos e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na Operação Lava Jato.
Para finalizar, o jornal critica o desdém com a população das favelas. Apesar de as UPPs terem obtido sucesso na pacificação dessas áreas, algumas favelas, como a Maré, permanecem fora de controle.
Le Monde classifica como “brutal” a administração preocupada em acabar com as zonas desfavorecidas no Rio. E cita como um mau exemplo o que aconteceu com a Vila Autódromo, no oeste da cidade. Mesmo sob protestos dos moradores, o local foi colocado abaixo para a construção de um estacionamento e de uma rampa de acesso aos jogos, que será utilizada durante o evento por personalidades olímpicas e jornalistas.

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