Manifestações contra governo acontecem em ao menos seis cidades

Do UOL, em São Paulo

Manifestantes vão para a avenida Paulista, em São Paulo, protestar contra a nomeação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil

Manifestações contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil acontecem, nesta quarta-feira (16), em ao menos seis cidades: Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Recife.

Em Brasília, um pequeno grupo de petistas entrou em confronto com centenas de manifestantes que protestam contra a nomeação em frente ao Palácio do Planalto. Houve correria e a polícia agiu com truculência entre os manifestantes, com uso de cassetetes e spray de pimenta.

Neste momento, a Praça dos Três Poderes, uma da principais vias de acesso à região central de Brasília, está tomada por manifestantes e o trânsito no local foi parcialmente bloqueado. O grupo grita palavras de ordem e pede a saída de Lula e do PT.

Manifestantes chegaram a gritar que iriam invadir o Planalto, o que não ocorreu. Um cordão de isolamento da polícia foi formado em frente de toda a extensão do Palácio. O grupo que está fazendo a manifestação é formado, em sua maioria, por funcionários que, na saída do trabalho, resolveram protestar.

O coordenador do MBL (Movimento Brasil Livre), Kim Kataguiri, disse que os manifestantes não deixarão a Praça dos Três Poderes até que a presidente Dilma Rousseff (PT) renuncie. "Não vamos sair até que eles deixem o governo. Eles dizem que os protestos são da elite, mas eles são a elite", disse Kataguiri que está sobre um trio elétrico em frente ao Palácio do Planalto.

Em São Paulo, centenas de pessoas estão reunidas na avenida Paulista, que está bloqueada nos dois sentidos. Por ter sido organizado de última hora, a Polícia Militar ainda não possui uma estimativa do número de pessoas presentes no ato. Os manifestantes exibem cartazes com frases como "Lula na cadeia" e "a jararaca está fugindo". Além disso, entoam gritos de baixo calão e fazem pedidos de renúncia.

O protesto começou por volta das 18h, no vão livre do Masp, e agora se concentra nas proximidades do prédio da Fiesp. Muitos ficaram sabendo da manifestação quando saíam da aula ou do trabalho. Dezenas deles estão usando camisas da seleção brasileira e balançam bandeiras do Brasil.

Cerca de dez manifestantes também protestavam em frente ao Instituto Lula, no Ipiranga, na zona sul de São Paulo, onde se encontrava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles batiam palmas e gritavam ofensas ao ex-presidente, como "ladrão" e "vagabundo", além de "fora, PT".

Um carro que passou próximo ao instituto atirou um ovo na calçada em frente ao prédio. O ovo não acertou ninguém. Ao longo do dia, motoristas de carros e ônibus passaram em frente à sede do instituto gritando ofensas a Lula. O ex-presidente já deixou a sede do instituto, de carro, sem falar com a imprensa.

Em Belo Horizonte, segundo a PM, são cerca de 50 pessoas. Carregando bandeiras do Brasil e faixas de protesto, as pessoas entoam palavras de ordem como "não vai ter golpe" e "nossa bandeira jamais será vermelha", o grupo interdita o tráfego no entorno da Praça da Liberdade, na região centro-sul da capital mineira.

Um dos grupos identificados como idealizadores do protesto se intitula "Brava Gente Brasileira". Inicialmente, a convocação teria sido feita por telefone entre os participantes e pelas redes sociais.

Em Curitiba, o tom da manifestação é o apoio ao juiz Sergio Moro. Há registro também de protestos em Porto Alegre. No Recife, os manifestantes se concentram na avenida Boa Viagem e gritam "Lula ladrão, seu lugar é na prisão".

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